Tratamentos prometem dar fim à cicatriz de acne
Doença inflamatória crônica que atinge cerca de 16 milhões de brasileiras na fase adulta, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, e aproximadamente 80% dos adolescentes, a acne afeta a autoestima e pode trazer consequências ainda piores ao evoluir para cicatrizes no rosto.
Um estudo publicado em 2018 no British Journal of Dermatology revelou, por exemplo, que pacientes com acne correm um risco 63% maior de desenvolverem depressão em comparação com os que não têm o problema. No entanto, hoje, quem sofre com a condição, encontra na tecnologia uma aliada para controlar e tratar as marcas.
A dermatologista Karina Mazzini ressalta que as lesões, que costumam aparecer em regiões como bochechas, queixo e testa, possuem tratamentos específicos, definidos a partir da consulta com o especialista.
Para isso, o médico leva em consideração aspectos como forma, tamanho e profundidade das cicatrizes. “Com as tecnologias disponíveis, as cicatrizes podem ser tratadas, deixando as marcas menos perceptíveis e melhorando, inclusive, a textura da pele”, observa.
Entre os procedimentos disponíveis para tratar as cicatrizes estão o Laser Fracionado de CO2, o Laser de Erbium, a Radiofrequência Microagulhada Fracionada, o plasma endodérmico, o microagulhamento, a Injeção Transdérmica de Medicamentos de Sistema Digital, o preenchimento com Ácido Hialurônico e os peelings químicos.
“São alternativas que agem profundamente, estimulando a renovação celular da região e melhorando a textura da pele”, explica Karina Mazzini.
Além disso, os tratamentos proporcionam volume às marcas, deixando-as no mesmo plano da área ao redor. “Mesmo não desaparecendo por completo, conseguimos deixar as marcas menos perceptíveis, o que interfere diretamente no bem-estar do paciente”, completa.
Causas da acne
- Nos adolescentes, o aparecimento da acne está associado a questões hormonais e genéticas, entre outras.
- Já a acne na pessoa adulta é multifatorial e está ligada a aspectos como alterações hormonais e genéticas, histórico familiar, tipo de pele, doenças endócrinas, gravidez e uso de contraceptivos.
- Além disso, há os hábitos da vida moderna, como excesso de consumo de açúcar ou gordura, obesidade, estresse, tabagismo, exposição excessiva ao sol e poluição, que estão entre as causas da doença e os fatores agravantes.
Dicas para prevenir acne
- Lavar o rosto duas vezes ao dia com sabonetes e produtos apropriados.
- Usar adstringente como limpeza complementar.
- Usar hidratantes indicados para pele oleosa e produtos secativos para espinhas pontuais.
- Fazer uso diário do protetor solar.
- Utilizar maquiagem e outros cosméticos oil free (livre de óleo) ou indicados para pele oleosa.
- Não manipular ou espremer as espinhas. A conduta tende a piorar o quadro inflamatório.
- Visitar o dermatologista regularmente para o controle da acne.
- Fonte: Karina Mazzini, dermatologista.