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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Tempo de união pelo Setembro Amarelo

| 20/09/2020, 09:37 09:37 h | Atualizado em 20/09/2020, 09:42

Setembro é o mês de flores, cores, perfumes e de dias mais claros. Também é o mês em que falamos sobre a vida e os sofrimentos de quem vive. Sofrimentos que às vezes levam as pessoas a questionar o valor de sua própria vida e pensar em finalizá-la. Setembro falamos sobre suicídio, é o Setembro Amarelo.

Importante lembrar que a prevenção do suicídio não deve ocorrer apenas agora, mas todos os dias e meses, porque a vida é feita de movimentos, de altos e baixos, momentos bons e ruins e o sofrimento existencial não acontece apenas em setembro.

Em qualquer outro ano seria um Setembro Amarelo de unir pessoas fisicamente, de fazer inúmeras palestras presenciais, se aproximar dos amigos fazendo as agora tão saudosas aglomerações.

Mas Setembro Amarelo de 2020 é diferente. É momento de nos unirmos em propósito, nos aproximarmos com o coração e aglomerarmos virtualmente. É a nossa oportunidade de usar a tecnologia e inovação para criarmos formas como meio de mostrarmos afeto, de cuidarmos uns dos outros e de descobrirmos potencialidades em nós.

O isolamento social que já dura alguns meses nos trouxe impactos inesperados. Sentimentos de medo, dúvida, ansiedade, tudo isso e muito mais apareceu em conjunto, abalando as certezas e nos trazendo perguntas, algumas delas ainda sem respostas.
Nossos cotidianos foram transformados, nossas práticas foram adaptadas, nossas zonas de conforto foram descontruídas. Cada um de nós em nosso próprio contexto e realidade fomos desafiados. Nada mais é como antes.

Estamos reinventando nossas vidas e práticas. Entre todas as mudanças, no entanto, uma coisa permanece: a importância que temos na vida uns dos outros. A importância que as pessoas que amamos têm em nosso curso de vida. Como aproximar e se fazer presente nesse Setembro Amarelo tão diferente?

Podemos nos fazer presentes com uma ligação ou mensagem para aqueles que amamos. Podemos deixar uma flor ou uma carta na porta da casa de nossos queridos, ou podemos de modo simples e verdadeiro dizer “eu estou aqui se você precisar de mim”.

Dizer a alguém o quanto o amamos, a saudade que sentimos e o quanto aprendemos com ele pode ser um presente em horas de sofrimento. Podemos deixar claro, para todas as pessoas que são importantes para nós o quanto elas são únicas no mundo, porque todos nós somos.

Nós podemos fazer com que não estejamos de fato isolados em nossos corações, embora estejamos afastados fisicamente. Não precisamos ter medo de falar sobre nossa insatisfação com a realidade que vivemos, nesse momento inesperado, que todos querem que termine logo.

Podemos melhorar como pessoas, acolher os que tem dor e estar atentos aos nossos familiares, amigos, conhecidos. Juntos podemos perceber o silêncio e a lágrima do outro. Podemos respeitar o sofrimento e, ao mesmo tempo, acolher e ajudar a construir o caminho que vai mostrar que a vida não é perfeita e muitas vezes traz dores, mas é um caminho que não trilhamos sozinhos.

Fernanda Helena de Freitas Miranda é psicóloga e professora.

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