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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Sono ninado pela melatonina

| 02/03/2021, 11:13 11:13 h | Atualizado em 02/03/2021, 11:16

Diante do cansaço mental, as concentrações de oxigênio vão diminuindo no cérebro. Para compensar, o indivíduo começa bocejar, evidenciando vontade de dormir.

Durante o sono, o sistema imunológico é reforçado, as células são renovadas, os radicais livres são neutralizados, e a memória é consolidada.

A vida na Terra está condicionada aos ciclos do dia, o mais antigo organizador de tempo conhecido. Numa sociedade cada vez mais ligada ao tempo do relógio, com grande exposição à iluminação artificial, prolongamos nossas horas produtivas, mas trazemos juntos graves prejuízos para a saúde.

Poucas pessoas escutam seu “relógio biológico” e acabam desregulando funções endócrinas e metabólicas.

Quando o assunto é a luz, estamos adaptados ao tempo de nossa maior fonte, o Sol. Por esse motivo, quando estamos expostos à luz artificial na hora em que nosso corpo está preparado para o sono, estamos inibindo nosso relógio biológico e a produção de melatonina. Este hormônio controla o ritmo circadiano, período sobre o qual se baseia o ciclo biológico de quase todos os seres vivos.

A melatonina é sintetizada em diversos locais do corpo, principalmente na glândula pineal, onde a produção apenas acontece durante a fase de escuridão.

Com o ambiente claro, mesmo com as pálpebras fechadas, a retina registra os sinais luminosos que são enviados para o cérebro, que por sua vez envia o recado para a glândula pineal, interrompendo a produção de melatonina.

Assim sendo, para termos uma boa produção desta substância durante a noite, é indispensável manter o ambiente o mais escuro possível. Com o nascer do sol e a volta da luminosidade, a glândula reduz a produção de melatonina, o que sinaliza que é o momento de acordar.

É importante destacar que a melatonina tem um importante papel no controle do ciclo sono-vigília, mas não é o único fator que controla o momento no qual sentimos sono.

Conforme envelhecemos, a secreção noturna de melatonina começa a sofrer declínio. Uma pessoa de 70 anos apresenta níveis noturnos de hormônio do sono 70% mais baixos que durante sua juventude. Esta queda costuma ocorrer pela calcificação progressiva da glândula pineal, que vai tornando-se cada vez menos capaz de secretar melatonina.

A secreção noturna deste hormônio pode ser inibida pela exposição à luz durante a noite, mesmo em pequena intensidade, principalmente se as pupilas estiverem dilatadas.

Pessoas cegas que não conseguem detectar a presença da luz do dia podem ter uma produção de melatonina desregulada. Quanto mais grave é a deficiência visual, maior é o risco de transtornos do sono.

Alguns fármacos podem inibir a produção da melatonina. O mais conhecido é o propranolol, usado para o tratamento de hipertensão arterial e arritmias cardíacas. A cafeína e o álcool também interferem com a secreção da melatonina.

À melatonina, eu deixo meu sono. Quanto aos sonhos, na esperança de que eles não acordem, eu mesmo cuido de ninar.

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