Mortes por meningite disparam e vacinação é ampliada

De janeiro até o início deste mês, 30 pessoas morreram por causa da doença. Cobertura vacinal está em 50%, considerada baixa

Isabella de Paula, do jornal A Tribuna | 06/07/2022, 18:05 18:05 h | Atualizado em 06/07/2022, 19:31

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/110000/372x236/inline_00119516_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F110000%2Finline_00119516_00.jpg%3Fxid%3D355587&xid=355587 600w, Estudante se imunizou contra a doença em seu aniversário de 12 anos.
 

Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde, o Espírito Santo registrou um aumento  significativo nos casos de morte por meningite. 

 Em comparação com o mesmo período do ano passado, de janeiro até o último dia 2, o número de óbitos pela doença saltou de sete para 30. Diante da situação, a vacinação foi ampliada para adolescentes de 13 a 19 anos.  

O gerente de Vigilância em Saúde da Sesa, Orlei Amaral Cardoso, revela que  os casos de mortes envolvem principalmente o tipo  bacteriano da doença,  para o qual existe vacina disponível nos postos de saúde. “Porém, a cobertura vacinal está em 50%, muito baixa”.

Cardoso afirma que a ampliação para os jovens de 13 a 19 anos acontece pela primeira vez no Estado. “A vacina para jovens de 13 a 19 anos não fica fixa no calendário. O Ministério da Saúde liberou pelo maior número de casos”, diz. 

A infectopediatra Euzanete Coser explica que a meningite é uma doença grave. “É uma doença grave, uma inflamação das meninges, membranas que recobrem o cérebro. Ela é infecciosa e a forma mais letal é bacteriana, meningite  meningocócica”, ressalta.

A infectologista Ana Carolina D'Ettorres destaca que as  crianças são o principal público afetado pela doença porque  ainda têm sistema imunológico em desenvolvimento. 

A médica alerta para a importância da vacinação. “A vacina é de extrema importância, porque a meningite tem alta taxa de mortalidade e os que não morrem ficam com sequelas definitivas como cegueira, surdez e amputação de membros. É uma doença muito grave e existem vacinas eficazes para prevenir a ocorrência dos casos”, observa.

Vacinou no dia do aniversário

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Presentão de aniversário!  A estudante Walentina Nunes de Souza Reis, de 12 anos, está com todas as vacinas em dia. Em especial o imunizante que protege contra a meningite meningocócica, que foi tomado no dia do seu aniversário. 

 A adolescente já fazia parte da faixa etária com vacina disponível contra a doença. A enfermeira  Cristiane Nunes de Souza,   46 anos, mãe de Walentina, conta que a caderneta de vacinação dela sempre esteve completa.

“Assim que sai a data de alguma vacina, já vamos no mesmo dia  para vacinar”, diz. Cristiane destaca a importância da vacinação.

“Se você segue com a rotina de vacinação, pode evitar doenças graves como a meningite em outras fases da vida”, alerta.

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