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Saúde e bem-estar

Especialista explica doença que reduz o apetite sexual


Falta ou redução do desejo sexual, piora do sono, alteração do humor e perda do interesse social são alguns sintomas que podem estar relacionados à baixa nos hormônios sexuais. Essa alteração hormonal caracteriza uma doença chamada hipogonadismo.

Em pacientes mais jovens, que ainda não se desenvolveram sexualmente por completo, os sinais são diferentes. Por exemplo, há ausência ou redução dos pelos pubianos e desenvolvimento prejudicado dos seios em meninas e da voz grossa nos meninos.

Em entrevista ao AT em Família, o urologista e membro da Sociedade Brasileira de Urologia Camilo Milanez explicou como a doença se desenvolve e o seu impacto no paciente.

AT em Família – Há diferença entre hipogonadismo em homens e mulheres?

Camilo Milanez – A diferença é basicamente no hormônio que vai estar diminuído. Testosterona nos homens e estrogênio (principalmente estradiol e progesterona) nas mulheres. Já as causas dos problemas e os sintomas, em geral, são parecidos.

O hipogonadismo está associado a outras doenças?

O hipogonadismo pode ser primário ou secundário. Primário é se a causa do problema for primordialmente nas gônadas. Por exemplo, se houver doença genética que afete a produção pelas células dos testículos ou ovários.

É secundário se o problema não for nas gônadas. Para testículos e ovários produzirem hormônios, é preciso que haja estímulo por hormônios produzidos no cérebro (hipotálamo e hipófise) e por precursores metabólicos que circulam no sangue, em geral de origem na glândula adrenal.

Então, qualquer doença que interfira no estímulo do cérebro nas gônadas ou nos precursores metabólicos do sangue podem levar ao hipogonadismo secundário.

Os sintomas são diferentes em cada fase da vida?

Sim. Nos mais jovens, os sintomas são falta de desenvolvimento sexual completo, como ausência ou diminuição de pelos pubianos, ausência de desenvolvimento de voz grossa nos meninos e dos seios nas meninas, infertilidade, entre outros.

Nos mais velhos, quando já houve o desenvolvimento puberal completo, os sintomas são por ausência das características que esses hormônios conferem. Destacam-se entre elas ausência ou diminuição da libido, diminuição de ereções, piora do sono, alterações do humor, sintomas psiquiátricos (o mais comum é a depressão), além da diminuição da força muscular e do interesse social.

Muito comum também são os fogachos, sensações de calor em excesso, e o aumento da barriga (gordura visceral).

A doença é mais frequente em alguma faixa etária?

Hoje a principal causa de hipogonadismo é o uso abusivo de esteroides anabolizantes (as famosas “bombas para malhar”) por jovens no início da idade adulta. O uso dessas “bombas” faz o corpo entender que já tem esses hormônios em excesso, aí as vias de produção no organismo param.

Com isso, as células dos testículos e ovários começam a parar de funcionar e podem até atrofiar se esse uso inadequado se prolongar.

Como é feito o diagnóstico?

Através da história clínica, com os sintomas que sugerem a doença; exame físico característico, como atrofia testicular nos homens e alterações menstruais nas mulheres; e exames complementares adequados, principalmente dosagem hormonal completa.

Como é o tratamento?

Inicialmente deve-se descobrir a causa. Concomitantemente deve-se fazer a reposição do hormônio. Há várias opções disponíveis, e a forma e o tempo de reposição têm de ser definidos caso a caso. Essa reposição pode ser oferecendo diretamente o hormônio ou pode ser de forma a fazer o corpo produzi-lo mais.

A vida sexual do paciente é prejudicada?

Sim. Hipogonadismo significa menos libido, menos disposição e diminuição da ereção nos homens e da lubrificação genital natural nas mulheres.

Pergunta dos leitores

Qual o impacto da alteração hormonal na saúde da pessoa?

Ana Maria do Carmo Soares, 38 anos, dona de casa

Camilo Milanez – Muito grande! Os hormônios sexuais são fundamentais não só para a função sexual, mas também para disposição, sono, interações sociais e atividades físicas. São aspectos fundamentais da qualidade de vida.

Hipogonadismo significa então qualidade de vida ruim, que é igual à saúde prejudicada!

Quem tem hipogonadismo pode ter filhos?

Aurélio Barbosa Figueiredo, 28 anos, vendedor

Camilo Milanez – Depende. Em alguns casos, a fertilidade fica prejudicada. Mas em outros, a pessoa pode, sim, ter filhos.

Se o hipogonadismo for de grau pequeno, algumas vezes a função reprodutiva pode não sofrer alterações. Na forma moderada e grave, a reprodução fica prejudicada sim.

Fique por dentro

  • Hipogonadismo é uma condição clínica caracterizada por uma diminuição dos hormônios sexuais, sendo a testosterona nos homens e o estrogênio nas mulheres.
  • Como esses hormônios são produzidos pelos testículos e ovários, que se chamam “gônadas”, essa condição clínica é chamada de hipogonadismo.
  • É uma doença que pode ter repercussão clínica ou não, a depender do nível de diminuição a que esses hormônios chegam.

Saiba mais

  • O hipogonadismo manifesta sintomas que variam conforme a idade.
  • Nos jovens, há ausência ou diminuição de pelos pubianos, ausência de desenvolvimento de voz grossa nos meninos e dos seios nas meninas, infertilidade, entre outros.
  • Se já houve o desenvolvimento puberal completo, há libido prejudicada, piora do sono, alterações do humor, fogachos e mais.
  • O hipogonadismo pode ser primário ou secundário. Primário se a causa do problema for primordialmente nas gônadas. Quando há qualquer doença que interfira no estímulo hormonal do cérebro nas gônadas, pode ocorrer o secundário.

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