Saiba como investir em moedas virtuais
Atualmente, há diversas opções de investimentos para obter rendimentos, incluindo as criptomoedas. Como o próprio nome já adianta, são moedas, como o Real e o dólar.
A diferença é que elas são totalmente digitais. Só é possível fazer transações com criptomoedas pelo computador, tablet ou celular, a não ser que seja feita a conversão em reais para o saque desse dinheiro.
As criptomoedas podem ser usadas com as mesmas finalidades do dinheiro físico em si, servindo como meio de troca.
Elas também podem ser usadas como reserva de valor, para a preservação do poder de compra no futuro, e como unidade de conta, quando os preços dos produtos são calculados em função delas.
Existem vários caminhos para a investir nas moedas digitais. De acordo com Daniel Herkenhoff, especialista em criptomoedas no Espírito Santo, o ideal para iniciantes é começar investindo valores menores.
“O primeiro passo é se cadastrar no site de uma corretora, que faz a venda das moedas digitais. O ideal é optar pelos sites maiores e mais conhecidos no Brasil, como BitcoinTrade, Mercado Bitcoin e Foxbit. Para entrar nesse mundo e começar a entender a variação das moedas, recomendo o investimento inicial de até R$ 300, por exemplo”, sugeriu.
Existem dezenas de milhares de criptomoedas. A mais conhecida e mais usada é o bitcoin, que hoje está cotada a aproximadamente R$ 198 mil. Para começar, o mais indicado é mexer com apenas um tipo de moeda.
Escolhendo a corretora e a moeda que será utilizada, deve-se fazer um cadastro no site dessa corretora, com nome e CPF. “Aprovado o cadastro, é hora de fazer um depósito em reais, que nada mais é que uma transferência por TED ou PIX em nome da corretora”, explicou Herkenhoff.
No próprio site, é possível visualizar e fazer operações com o dinheiro. Os R$ 300 serão, mais ou menos, 0,0015 bitcoin. “O investidor deixa esse valor lá, espera a moeda se valorizar mais e vende o bitcoin para a corretora, conseguindo um valor mais alto em reais”, completou o especialista.
Também é possível, e até mais indicado, manter o bitcoin em carteira própria. Saiba como abaixo.
COMO FAZER
Escolha a corretora
- Escolha a empresa para comprar a criptomoeda. Prefira corretoras maiores e mais conhecidas no País.
- Alguns exemplos são a BitcoinTrade, Mercado Bitcoin e Foxbit.
Escolha a moeda
- São dezenas de milhares de opções. Para começar, escolha apenas uma.
- Alguns exemplos de moedas mais consolidadas para iniciantes são Bitcoin, Ethereum EOS, Monero, ZCash e Dash.
- O bitcoin é o utilizado. Hoje, vale cerca de R$ 198 mil.
Cadastro
- Para comprar a moeda, é necessário se cadastrar no site da corretora escolhida.
- É hora de fazer uma transferência via TED ou PIX de uma quantia em reais, no nome da corretora. Comece com valores mais baixos, de até R$ 300.
- No site da corretora é possível visualizar o valor disponível e fazer operações com o dinheiro.
- Quando a moeda estiver mais valorizada, faça a venda para a corretora e realize o saque do valor mais alto em reais.
Carteira própria
- Para ter um maior controle sobre suas criptomoedas, é recomendado manter o dinheiro em uma carteira própria, por meio de aplicativos gratuitos para computador ou celular.
- É feita uma transferência digital das criptomoedas para um endereço, que é um código só seu, com números e letras.
- Para movimentar o valor, você utiliza uma senha, mas cuidado: se perdê-la, é impossível recuperar.
Fonte: Daniel Herkenhoff, especialista em criptomoedas.
“Especulativo”, diz chefe do Banco Central Europeu
O bitcoin é “altamente especulativo” e precisa ser regulamentado, de acordo com Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE). Lagarde disse que o bitcoin realizou “alguns truques e algumas atividades de lavagem de dinheiro interessantes e totalmente repreensíveis”.
“Devem haver regulamentações e isso tem de ser implementado e concordado” a nível global, declarou Lagarde. “Se existe uma escapatória, essa escapatória será usada”, afirmou ela.
“Então, eu acho que a cooperação global e ação multilateral são absolutamente necessárias, seja por iniciativa do G7, migrada para o G20 e, em seguida, ampliada. O FAFT (Grupo de Ação Financeira Internacional) é obviamente uma organização que expandiu nesse quesito”.
Ela falou sobre moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) na conferência. Ela disse que o BCE acabou de concluir uma consulta pública sobre o euro digital e recebeu o “mais elevado nível de respostas” na consulta.
“Oito mil pessoas se cadastraram e responderam a muitas perguntas do questionário em relação a um euro digital”, disse ela.
Lagarde não forneceu um cronograma específico para o lançamento de um euro digital, mas disse que “levará um bom tempo para garantir que tenhamos algo que seja seguro”.
A presidente reiterou que o euro digital não irá eliminar os papéis-moeda.
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