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Esportes

Rússia é banida da Olimpíada de 2020 e de mundiais por doping


A Rússia foi banida por quatro anos de competições internacionais de esporte, entre elas os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio-2020 e a Copa do Mundo de futebol de 2022, no Qatar.

A punição instituída pela Agência Mundial Antidoping (Wada), anunciada nesta segunda-feira (9), se baseia em acusação de que o país teria usado sua agência de controle de doping (Rusada) para fraudar exames de atletas.

"Por muito tempo, o doping russo prejudicou o esporte limpo", afirmou a Wada em comunicado. "A Rússia teve a oportunidade de colocar sua casa em ordem e reunir-se à comunidade antidoping global para o bem de seus atletas e pela integridade do esporte, mas optou por continuar em sua posição de decepção e negação."

A decisão da agência foi tomada de forma unânime pelos 12 integrantes do seu comitê executivo e valerá até 2023. Durante esse período, a Rússia também não poderá sediar grandes competições esportivas internacionais e terá que abrir mão de eventos já agendados, a menos que seja "legalmente ou praticamente impossível fazê-lo".

Os russos têm 21 dias para recorrer da decisão à Corte Arbitral do Esporte (TAS, sigla em francês), com sede na Suíça. Caso entrem com o recurso, como é esperado, as sanções aplicadas pela Wada ficam suspensas até que o órgão as confirme ou rejeite.

O Comitê Olímpico Internacional afirmou que apoia a decisão tomada pela agência. Já a Fifa, responsável pela organização do Mundial de futebol, ainda não se pronunciou sobre o caso. A medida não atinge a participação da seleção russa na Eurocopa de 2020, por esse não ser considerado o evento máximo da modalidade.

A Rússia é acusada de manipular laboratórios, incluir amostras falsas nos testes e deletar arquivos relacionados a testes positivos de doping.

Atletas russos que conseguirem comprovar que estão limpos (a partir de testes feitos por laboratórios internacionais) e não tiverem envolvimento com as suspeitas de manipulação poderão competir nos grandes eventos, mas na condição de neutros, sem representar a Rússia. O uso da bandeira e do hino nacional do país será vetado.

Isso já aconteceu nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2018, em Pyeongchang, após o país ser banido por irregularidades no controle de doping nos Jogos de 2014, sediados em Sochi.

Como parte da resolução daquele caso, a Rússia concordou em oferecer um conjunto de resultados de testes de seu laboratório em Moscou às autoridades antidoping. São esses dados, manipulados por representantes do país, que ocupam posição central na crise atual.

A negação e a manipulação de dados pelos russos continuaram muito depois de a Wada confirmar publicamente, em setembro, que milhares de arquivos russos importantes haviam sido apagados ou manipulados, e que os dados fornecidos não batiam com os de um banco sobre atletas do país recebido pela organização em 2017.

Em uma reunião complementar em outubro para ajudar a explicar as discrepâncias, o ministro do Esporte russo forneceu novos dados à Wada, que quando estudados revelaram evidências de novas manipulações, segundo a agência.

Uma rara voz dissonante na Rússia foi a do atual diretor da agência antidoping do pais, Yuri Ganus.  Há meses, desde que a crise começou a se intensificar, Ganus vem se pronunciando contra a maneira pela qual seu país conduziu o esquema. Ele disse acreditar que milhares de arquivos de atletas haviam sido apagados.

Investigadores reportaram que 145 casos suspeitos podem não ser resolvidos, em função das manipulações, o que levanta a possibilidade de que atletas que trapacearam disputem os Jogos de Tóquio mesmo na condição de neutros.

Segundo Svetlana Zhurova, ex-patinadora e representante do parlamento russo, uma reunião da Rusada marcada para o dia 19 de dezembro decidirá se o país aceitará ou não a determinação da Wada, mas já adiantou que tem "100% de certeza" de que a Rússia irá ao TAS "para defender seus atletas".

De acordo com ela, a decisão da agência mundial tem clara motivação política.

O primeiro-ministro russo, Dmitry Medvedev, disse que as sanções lhe parecem uma "continuação da histeria anti-russa", mas admitiu que a comunidade esportiva do país ainda tem problemas significativos com o doping: "Isso é inegável".

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