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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Risco ao se automedicar em vez de buscar ajuda com terapias

| 18/07/2021, 12:03 12:03 h | Atualizado em 18/07/2021, 12:07

Com todas as incertezas, a crise econômica e financeira, as inúmeras adaptações ao novo normal, a pandemia da Covid-19 colocou à prova a saúde mental da população mundial. E no Brasil não foi diferente.

Em 2020, os brasileiros aumentaram em 17% o consumo de medicamentos controlados, tais como antidepressivos e estabilizadores de humor, estresse, se comparado ao ano de 2019.

Os dados são de um levantamento realizado pelo Conselho Federal de Farmácias, que, em outro estudo, aponta ainda que o País está entre os dez que mais consomem medicamentos no mundo, muitos deles sem prescrição médica, ou seja, por automedicação.

Não é incomum as pessoas considerarem aspectos da vida social e pessoal para fazerem uso de remédios e, muitas vezes, de maneira indevida.

Com a pandemia e todos os seus reflexos trazendo à tona sentimentos e doenças psicológicas como estresse, ansiedade e depressão, a população parece que foi buscar nos medicamentos uma solução para esses sintomas.

Isso pode ser explicado pelo fato de as pessoas terem uma tendência de preferir mascarar o problema a tratar sua origem.

Talvez por acreditar que vai sanar o problema com rapidez, o indivíduo o trata apenas superficialmente. Porém, pouco tempo depois, o problema está lá de novo.

O estresse, a ansiedade, a depressão, por exemplo, que foram problemas que cresceram ou se agravaram com a pandemia, por conta do isolamento ou pelo desemprego, negócios falindo, morte de familiares, entre outras causas, podem, em sua maioria, ser resolvidos apenas com acompanhamento psicológico.

Mas ainda há um tabu muito grande em torno da terapia, o que dificulta as pessoas a procurarem esse tipo de ajuda.

E, na verdade, é preciso pensar o oposto: a terapia é uma grande aliada no tratamento desses sintomas. Buscar a origem do problema para se libertar desse sentimento e, assim, voltar para a rotina e conseguir seguir a vida.

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) em 11 países, o Brasil lidera os casos de depressão (59%) e ansiedade (63%) durante a pandemia da Covid-19.

Os sintomas dessas doenças não são apenas psicológicos, mas físicos também. A pessoa deve estar atenta ao cansaço, a tremores, dores de cabeça, agitação, e se essas reações estão impactando diretamente na rotina.

E não se culpar ou se envergonhar por estar sentindo tudo isso. Estamos vivenciando um período muito delicado e incomum, e todos nós estamos suscetíveis a desenvolver quadros de ansiedade, depressão e estresse.

O mais importante é identificar esses sintomas e buscar ajuda precocemente. E, claro, não se automedicar. Não tente mascarar o seu problema achando que logo vai passar. Uma hora a máscara vai cair novamente e você poderá estar muito pior do que da primeira vez. O remédio não é solução para tudo.

Sabrina Matias é psicóloga e psicoterapeuta.
 

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