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Polícia

Registro de armas aumenta 127% em um ano no Estado


A falta de segurança e a flexibilização na legislação têm levado mais capixabas aos clubes e escolas de tiro em busca de autorização para ter uma arma de fogo em casa.

Somente no ano passado, 9.039 armas foram registradas pela Polícia Federal no Estado. O número equivale a 25 novas armas por dia, um aumento de 127% em relação ao mesmo período de 2019. Naquele ano, o Estado teve 3.984 registros de armas de fogo – cerca de 11 armas liberadas por dia.

Os dados são de armas registradas na Polícia Federal para cidadãos comuns, visando à defesa pessoal, e instituições como Polícia Civil, Guardas Municipais e empresas de vigilância.

Responsável pelo Clube de Tiros de Vila Velha, Felipe Rodrigues Leandro diz que o aumento na procura pelos registros se deu, principalmente, pelo aumento da violência.

Ele também acredita que as mudanças recentes na legislação, com a permissão para que o cidadão possa comprar mais armas e de diferentes calibres, tenham contribuído para o interesse das pessoas em ter um armamento em casa.

“Hoje, o processo para autorização é feito quase todo online, desde os primeiros cadastros até a emissão do registro. Essa desburocratização de todo o processo, aliada ao medo que as pessoas sentem de serem vítimas em assaltos e demais crimes, motivou esse crescimento na procura”, opinou Felipe, que também é instrutor de tiros.

Proprietário da Rota Militar, escola de tiros de Cachoeiro de Itapemirim, Bruno Marchiori Pereira também acredita que o aumento na procura pelos registros tem como explicação a insegurança sentida por homens e mulheres.

“As pessoas querem se proteger, ter uma segurança a mais. O Estado não pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Tenho vários casos de clientes que foram assaltados e que relataram que preferiam ter uma arma em casa”, disse.

Já para o instrutor de tiros Renato de Souza Henriques, o aumento nos registros de armas ocorreu após divulgação e orientação maior sobre o assunto. “Temos uma divulgação melhor atualmente e as pessoas passaram a entender mais sobre”, explica.

Hoje, para adquirir uma arma e transitar com ela, é preciso atender uma série de exigências da Polícia Federal, além de comprovar capacidade técnica e psicológica.
 

Segurança da família e prática esportiva

Imagem ilustrativa da imagem Registro de armas aumenta 127% em um ano no Estado
A empresária Simone Terra frequenta escola de tiros há dois anos |  Foto: Fábio Nunes/AT

Com medo de se tornar mais uma vítima nas mãos de bandidos, a empresária Simone Terra, de 49 anos, resolveu procurar uma escola de tiros há dois anos para conseguir o direito de ter uma arma em casa.

Mas o que era somente para a segurança da família passou a ser utilizado também em seus momentos de lazer. Hoje, com o registro autorizado da arma, Simone também pratica tiro esportivo.

“Além disso, estou sempre fazendo cursos de aperfeiçoamento para saber lidar, inclusive, em situações inusitadas de assalto”, afirma a empresária.

Com a ajuda do instrutor Felipe Rodrigues Leandro, Simone conta que pratica tiros pelo menos uma vez por mês.
“As mulheres são muito vulneráveis a vários crimes. Então, todo mês eu estou lá no clube de tiros”, destaca a empresária.
 

Registro tem crescimento de 91% em todo o País

O registro de armas de fogo em todo País aumentou 91% em 2020, na comparação ao ano anterior. De acordo com a Polícia Federal, 179.771 novas armas foram autorizadas pelo órgão no ano passado – um aumento recorde em comparação aos últimos anos.

Pelo menos 70% dos registros se enquadram na categoria “cidadão comum”. Já os servidores públicos conseguiram mais de 20 mil autorizações de posse de armas de fogo. Para as empresas de segurança privada, foram 4.650. Ao todo, incluindo também as renovações, o número de armas registradas ultrapassa 252 mil.

Além da posse, o porte de arma também aumentou, segundo dados divulgados pela BBC Brasil: foram 10.437 autorizações em 2020 contra 9.268 no ano de 2019.

Os números divulgados não registram as armas utilizadas pelo Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militar e Bombeiros.

Mais mulheres procuram clubes de tiros por esporte

A busca pela segurança particular, aliada ao prazer de praticar esporte, tem levado muitas mulheres aos clubes de tiros do Estado.
Segundo proprietários de escolas e clubes, a procura, principalmente pela prática esportiva, vem crescendo a cada dia.

“Geralmente, elas procuram para receber orientações sobre a posse da arma. Daí, quando já conseguem autorização, começam a praticar o tiro esportivo. Temos recebido bastante mulheres, principalmente aos finais de semana”, conta Felipe Rodrigues Leandro, dono do Clube de Tiros de Vila Velha.

Além do esporte, muitas mulheres buscam uma garantia maior de segurança em casa.

“São empresárias, médicas, advogadas, oficiais de justiça, entre 25 e 40 anos, que desejam garantir sua própria segurança e de sua família. Algumas outras se especializam em cursos simplesmente pela prática esportiva”, informou Bruno Marchiori, dono da Rota Militar.

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