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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Quem nunca pisou em um espinho?

| 31/12/2019, 11:36 11:36 h | Atualizado em 31/12/2019, 11:49

Quem caminha descalço colhe espinhos. Eu tinha 12 anos de idade e, como toda criança, corria pelas alamedas da vida em busca de aventura e diversão. Um dia, caminhando pelo quintal, espetei um espinho na sola do pé. Embora incomodasse um pouco, não liguei e continuei brincando, até ser interrompido pela minha mãe.

Vendo que eu estava mancando, ela examinou meu pé e percebeu o corpo estranho incrustado na carne. Preocupada com a possibilidade de infecção no local, ela me levou ao ambulatório médico.

Após retirar o espinho, o plantonista solicitou que me fosse aplicado soro antitetânico.

Minutos depois, eu tive um choque anafilático causado pelo medicamento. Fui conduzido para o serviço de emergência e, vítima de reação do meu sistema imunológico, por pouco eu não morri.

Semana passada, regando minhas plantas, tornei a pisar num espinho. Após lavar o local, tentei tirá-lo com uma agulha, mas não consegui.

Sabendo que a maioria dos corpos estranhos superficiais é eliminada pelo próprio organismo, resolvi deixar a natureza operar sozinha.

Com o passar do tempo, o local inflamou, produzindo edema. Nessa segunda-feira (30), pressionando o ferimento, o espinho saltou para fora com a secreção. Agradeci efusivamente a ajuda do meu sistema imunológico.

É comum não se dar a devida importância quando espetamos uma farpa em algum local do corpo. Tenta-se minimizar o acontecimento, mesmo sabendo que ele pode gerar complicações difíceis de tratar. Na realidade, se os espinhos não forem tirados imediatamente, a região poderá infecionar.

Regra geral, a vítima queixa-se de dor e sensibilidade no local afetado. Deve-se estar atento a possíveis sinais de inflamação e infecção, como edema, calor, dor e febre.

Medicina é a arte do bom senso. Tanto o excesso quanto a falta de cuidados são nocivos à saúde.
Algumas vezes, uma prosaica espetada pode provocar consequências sérias. Felizmente, na maioria dos casos, as soluções apresentam-se simples.

Algumas condutas caseiras podem ser usadas para tentar resolver esses acidentes.

Antes de iniciar a remoção, é importante desinfetar com água e sabão a região onde o espinho penetrou. Convém não esfregar o local, pois pode aprofundar o corpo estranho.

Jamais se deve espremer um espinho, tentando expulsá-lo, pois, caso ele se parta, o problema só vai piorar. É importante analisar a profundidade do agente, para facilitar sua remoção.

Caso parte do espinho tenha permanecido do lado de fora, ele poderá ser retirado com uma pinça ou fita adesiva. Se estiver coberto por uma camada de pele, talvez necessite de agulha ou lâmina para extirpá-lo.

Se o espinho está na pele há alguns dias e indicando sinais de infecção, ele deve ser extraído por médico.

Além de dispor de materiais próprios, o profissional poderá prescrever antibiótico e solicitar curativos.

Não se deve escarificar o local com agulha, pinça ou lâmina, se o espinho estiver profundamente enterrado na pele. Ao forçar sua retirada, ele afundará mais ainda, dificultando o procedimento.

Em algumas situações, uma pomada contendo sulfato de magnésio, ou ictiol, ajudará a puxá-lo para cima, expondo sua ponta. Após 48 horas, retirar o curativo e lavar a área. Assim ficará mais fácil puxar o espinho com uma pinça.

Pode-se também adicionar uma pasta grossa de bicarbonato com água sobre a região afetada e cobrir com esparadrapo, deixando agir durante a noite. Na manhã seguinte, retirar o curativo e enxaguar a região. Esse processo puxa o espinho para fora da pele, facilitando sua extração com uma pinça.

Apesar de dolorosos, espinhos na carne podem ser úteis para furar nosso inflado ego, liberando a vaidade.

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