Quanto vale?

Gabriel Barbosa, o Gabigol, fez sete gols no Carioca, nove na Libertadores e 25 no Brasileirão — marca que derrubou o recorde de Zico, que havia feito 22 em 1980. Não foi só isso: com os dois marcados na Copa do Brasil, o camisa 9 fechou 2019 somando 43 gols em 56 jogos do Flamengo.

Algo, de fato, impactante. Ainda mais com o time conquistando três dos quatro títulos disputados e ele eleito o melhor da América.

Gabriel tem 23 anos, um ouro olímpico e um séquito de fãs (rubro-negros ou não) a imitá-lo do corte de cabelo ao gestual em suas celebrações. Só que os direitos pertencem à Inter de Milão, que cobra 30 milhões para repassá-lo ao mercado europeu.

O Flamengo diz ter acordo para adquirir 80% por 16 milhões, e não paga mais do que 14 milhões no contrato de quatro anos com o jogador, cerca de 3,5 milhões/ano.

Rei das Américas

Lembrando que o clube este ano assumiu os 3 milhões anuais que Gabriel receberia da Internazionale, por entender estar embutindo valor hipotético pela liberação dos direitos.

Mas os agentes do jogador não enxergam desta forma, e acreditam que o “Rei das Américas” precisa ser valorizado. E não pelo retorno técnico, apenas, mas também pelo financeiro.

O mercado especula que o jogador quer algo em torno de 4 milhões/ano e por um contrato de três.

Revenda

Não é uma equação das mais fáceis e a resposta não está só atrelada ao que Gabigol pode render em campo. Mas também à receita que é capaz de gerar em futura revenda.

Em contrato de três anos, estará livre ao final do ano da Copa no Catar — o que permite negociação mais vantajosa para ele em 2022.

Se assinar até 2023, o Flamengo se protege da ação no pós-Copa e assegura sua parte na revenda. Como de vê, é muito mais do que campo e bola...