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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Quando o estresse vira veneno

| 10/03/2020, 06:57 06:57 h | Atualizado em 10/03/2020, 07:00

Brotam preocupações nos semblantes das pessoas que aguardam na recepção daquele hospital. Na sala ao lado, uma mulher grita. De dentro dela, um médico puxa um neném todo sujo e amassado. Após levar uma palmada no traseiro, ele respira, chora e nasce.

Nesse mesmo hospital, quase um século depois, a ânsia retorna, dessa vez em novas fisionomias. Numa sala próxima, deitado numa maca, um idoso luta contra a morte. Dentro dele chora a mesma criança que ele fora um dia. Médicos correm de um lado para outro. Ruídos de aparelhos tentam abafar os estertores. Ele inspira, expira e falece.

Nascemos e morremos envolvidos pelo estresse. Desde a ilusão do primeiro sopro até a desilusão do último suspiro, ele será nosso companheiro de jornada. Em momentos de esperança, ele será exaltado para nos motivar, nutrindo nossa criatividade. Em tempos de ansiedade, ele será engendrado para nos assustar, alimentando nossa preocupação.

Recentemente, fui abordado por um telespectador do Programa “Dr. João Responde”, pedindo para tirar algumas dúvidas sobre essa desgastante reação.

Estresse é quando alguém acorda gritando e percebe que ainda não dormiu. Sensações de medo, apreensão, inquietude, expectativa e aflição, embora incômodas, são normais, aparecendo sempre que as exigências diárias esgotarem nossa capacidade de lidar com elas. Estresse é o calafrio do corpo causado pela febre da alma.

Diante de algo que possa perturbar nosso equilíbrio existencial, reagimos com esperança ou ansiedade. A primeira aciona o otimismo. A segunda dispara o alarme.

Observe três crianças construindo um castelo de areia numa praia. Em dado momento, surge uma onda e destrói essa edificação. Diante das ruínas, a primeira chora, a segunda constrói um novo castelo e a terceira chuta as ruínas, dando gargalhadas.

A que verteu lágrimas esgotou a energia do estresse, sem nenhum aproveitamento. Aquela que reconstruiu, transformou motivação em produtividade. A que riu, chutando os destroços, se enquadra nas abençoadas criaturas carregadas de autoestima, esse eficaz repelente contra estresse.

“Quais as causas de estresse?” Perguntou meu ouvinte.

A lista é grande: desemprego, decepção, violência, trânsito, cansaço, doença física, divórcio, frustração, desprezo, perda, isolamento, competitividade, mágoa, insônia, intimidação, falta de tempo, entre outras tantas.

São inúmeras as consequências do estresse. Numa empresa, por exemplo, o funcionário começa a faltar ao trabalho e acaba diminuindo sua produtividade. Na vida pessoal, o indivíduo evolui para insônia, depressão, ansiedade, esgotamento físico e mental. Estresse provoca queda de imunidade, gerando doenças.

“Como faço para curar meu estresse?” Inquiriu.

Estresse se combate com humor, lazer, exercícios físicos e sono reparador.

De todos esses recursos, o humor talvez seja o mais eficaz. Criança aprende a sorrir antes de aprender a falar. Benção significa graça e graça significa humor.

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