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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Quando a medicina adoece

| 06/07/2021, 10:49 10:49 h | Atualizado em 06/07/2021, 10:51

A Medicina é uma grande aliada da vida. Afastando doenças, alimentando sonhos, dirimindo limitações, acalmando dores, ela seria catastrófica num ambiente em que médicos perdessem os escrúpulos, convencendo seus pacientes a aderir aos tratamentos sem evidências científicas, medicando nocivas panaceias.

Estamos vivendo uma época em que as distorções científicas causadas por excesso de dados se tornaram frequentes. Diante de tantas informações, as pessoas começaram a não se preocupar com a veracidade das fontes.

Quando envolvemos ciência, pode ser difícil identificar se opiniões ou condutas são de fato confiáveis e se estão embasados em evidências sólidas. Toda validação é baseada em comprovações sedimentadas, evidenciando resultados de pesquisas com alto rigor metodológico.

O conhecimento científico é de livre disponibilidade. Qualquer profissional médico bem-intencionado consegue, com boa vontade, ter acesso, interpretar a literatura científica e citar suas referências. Infelizmente, alguns costumam acreditar em fontes sem respaldo, gerando prejuízos para os seus pacientes.

A crítica faz parte da ciência. O questionamento é o fertilizante da evolução. O mal profissional gosta de criticar a medicina tradicional, com discursos geradores de dúvida. Contudo, ele se torna extremamente agressivo quando se vê encurralado e lhe faltam argumentos para defender o indefensável.

Antes do advento da metodologia científica ter sido aceita de maneira geral, era difícil avaliar a veracidade de novas ideias, sendo algumas vezes rejeitadas pela maioria da comunidade científica, para serem apoiadas um pouco mais tarde. Mas hoje, os tratamentos demonstrados como eficazes são bem recebidos pelos profissionais e não precisam de um grupo para lutar por eles. Charlatães buscam o endosso político porque não podem provar que seus métodos funcionam. Um dos mais claros sinais de que um tratamento não funciona é a campanha política para legalizar seu uso.

O bom profissional baseia suas decisões em evidências científicas, que por sua vez estão embasadas em incansáveis pesquisas, testes laboriosos e longas séries de verificações.

Como o estudo sistemático da ciência é árido e incompreensível para grande parte das pessoas, elas acabam não entendo o que lhes é inacessível. Já os charlatães, por não terem o apoio dos dados, investem na retórica e na simpatia, alguns auxiliados pelas narrativas emocionais.

É importante lembrar que não é porque a medicina seja baseada em evidências científicas que ela é perfeita. Ela é apenas o melhor que dispomos, estando inserida no momento atual.

Embora possa haver boas intenções de alguns profissionais ao divulgarem seus conhecimentos, é imperioso que todos atentem em separar o joio do trigo, antes de divulgar qualquer afirmação que possa ser danosa ao ser humano.

Hipócrates, o pai da medicina, escreveu há 460 anos antes de Cristo: “Primum non nocere” (acima de tudo não lesar o paciente).

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