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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Produtos perigosos e riscos que transitam em nossas rodovias

| 05/05/2021, 08:08 08:08 h | Atualizado em 05/05/2021, 08:12

Substâncias perigosas de diversas origens são transportadas diariamente pelas estradas brasileiras. Entre os milhares de veículos que atravessam o País, estão os que conduzem cargas perigosas e quase sempre passam despercebidos até chegarem em segurança aos seus destinos.

Quando ocorrem acidentes, as atenções se voltam para os perigos causados pelo derramamento inesperado de substâncias tóxicas. Recentemente, um acidente envolvendo uma carreta que carregava Peróxido de Hidrogênio (conhecido como água oxigenada), no Sul do Estado, trouxe à tona essa discussão.

O transporte rodoviário de produtos perigosos requer uma série de autorizações legais, incluindo o Licenciamento Ambiental, pois precisa garantir que o transportador possua as condições operacionais mínimas para a condução segura desses químicos.

Os veículos devem ser inspecionados periodicamente e possuir um conjunto de equipamentos para situações de emergência adequado ao produto transportado, além de um Plano de Ação de Emergência.

Todos os veículos precisam conter placas sinalizadoras das informações dos produtos que carregam. Nelas devem estar impressas o número ONU da substância (código usado para identificar materiais e artigos perigosos), os tipos de riscos envolvidos e os pictogramas dos riscos.

Toda essa sinalização é essencial para uma correta ação das equipes de respostas em um acidente. Substâncias inflamáveis necessitam de ações diferentes de produtos tóxicos.

O citado acidente, por exemplo, exigiu o isolamento da área num perímetro de 800 metros, pois os Bombeiros visualizaram um risco de explosão.

O produto também é corrosivo e tóxico, especialmente danoso aos organismos aquáticos, e podem causar queimaduras e danos oculares graves aos seres humanos. Por esses perigos, todos os cuidados devem ser tomados pelas empresas que realizam o transporte. Elas precisam atender a requisitos comuns a demais transportes, como manutenção periódica dos veículos, jornadas de trabalho dos motoristas compatíveis com a legislação, exames toxicológicos periódicos.

As empresas ainda são corresponsáveis pelas cargas que transportam, mesmo não sendo as proprietárias das mesmas. Por isso, devem providenciar os recursos necessários à limpeza das substâncias que eventualmente forem derramadas.

Os prejuízos são extensos e geralmente vão muito além das perdas financeiras que, em boa parte das vezes, podem ser recuperadas com o tempo. Já os danos causados por produtos químicos podem trazer consequências catastróficas a vidas humanas e ao meio ambiente.

Um transporte que atenda a todos os requisitos de segurança não é mero cumprimento de protocolo, mas uma medida de responsabilidade que irá fazer a diferença entre a segurança e a tragédia.

ANDRÉ ROCHA é engenheiro ambiental e especialista em gestão de riscos.
 

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