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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Por que não nos preocupamos com o meio ambiente?

| 08/06/2021, 09:38 09:38 h | Atualizado em 08/06/2021, 09:47

No Brasil, em 2020, o desmatamento da Amazônia bateu o recorde dos últimos 10 anos e foi 30% maior que em 2019, segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon. O ano também foi marcado pelo grande número de queimadas no Pantanal: quase um terço do bioma foi consumido pelas chamas.

Apesar de estar acessível em jornais, telejornais, revistas e outros meios de informação, o prejuízo ao meio ambiente é visto como algo distante. Não vemos o que está acontecendo, pois quando saímos de casa, em especial nas grandes cidades, tudo parece normal.

O desmatamento da Amazônia está, para muitos, a milhares de quilômetros de distância, no Norte do País. Muitas pessoas não conseguem ver o impacto, por exemplo, das 43 mil toras de madeira retiradas ilegalmente da maior floresta tropical do mundo, flagradas em apenas uma operação de fiscalização.

Animais em extinção, todos selvagens, para a maioria das pessoas só existem nos filmes e documentários. Por isso, talvez, a extinção de duas ou mais espécies não mudaria a vida de quase ninguém.

Outro problema que reforça essa indiferença é o desconhecimento das variáveis que impactam a natureza e todo o meio que a circunda. Enchentes e desbarrancamentos de encostas, usualmente, são atribuídos apenas às chuvas intensas. Não conectamos que esses eventos estão diretamente relacionados à cobertura vegetal, ou à falta dela, no local onde vivemos, por exemplo.

Uma pesquisa contínua realizada na Inglaterra identificou a evolução da percepção da população quanto à importância do meio ambiente. Em 2014, o pico do gráfico se deu quando o país passou pelas enchentes de inverno. O estudo do YouGov mostrou que o número de entrevistados que colocam o meio ambiente entre as três principais questões de preocupação aumentou de 6% em meados de janeiro para 23% em meados de fevereiro. No entanto, já no início de abril – embora o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas tivesse acabado de publicar dois relatórios alarmantes – a proporção havia afundado para 11%.

Alguém se lembra quando foi o último racionamento de água? Há cinco anos, o Espírito Santo passou por um importante período de seca. Em 2016, diversas regiões do Estado precisaram utilizar esse precioso recurso de forma racional. Quando deixamos de ser racionais? A cada dia precisamos gastar com captações mais distantes e tratamento da água mais intenso para garantir o abastecimento.

Assim, a resposta à pergunta “Como mudar?” fica cada vez mais presente à medida que se sentem as consequências. No entanto, é primordial entender que o momento é agora. Precisamos interromper os impactos ambientais excessivos, intensificar e reconhecer os esforços de preservação. Selecionar produtos e alimentos mais “verdes”, tornar nossas cidades mais arborizadas.

Precisamos introduzir as ideias sobre o meio ambiente no cotidiano. Somos uma geração capaz de garantir o desenvolvimento econômico com a preservação da vida e do meio ambiente. Façamos a nossa parte!

André Rocha é engenheiro ambiental e especialista em Gestão de Riscos.

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