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Cidades

População está bebendo mais na quarentena


Para enfrentar a ansiedade, os problemas financeiros e preencher os dias durante o período de isolamento social devido à pandemia do coronavírus, muitos estão recorrendo a hábitos não tão saudáveis: fumar e beber.

É tanto que aumentou o consumo de cigarro e bebida alcoólica durante a quarentena, segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Imagem ilustrativa da imagem População está bebendo mais na quarentena
|  Foto: Acervo A Tribuna

Em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o estudo detalhou o comportamento da população brasileira nos últimos meses e trouxe dados preocupantes.

Entre os entrevistados, 18% relataram que passaram a consumir mais bebida alcoólica durante a quarentena. Foi o que aconteceu com um jovem de 22 anos que mora em Vitória. Acostumado a beber somente em alguns finais de semana, ele agora bebe cerca de quatro dias da semana.

“Foi uma forma que encontrei para enfrentar o tédio e os problemas que desenvolvemos na cabeça quando estamos sozinhos. Esse hábito acaba anestesiando esses pensamentos”, afirmou o jovem, que pediu para não ser identificado.

A psicóloga Thayse Espíndola explica que esse aumento no consumo se dá porque a bebida provoca uma sensação de conforto e felicidade instantânea, fazendo quem já bebia, beber mais; e quem não tinha o hábito, experimentar para afastar o sentimento negativo.

“Mas essa sensação é rápida e passageira. Logo, a pessoa volta a se dar conta que os problemas da pandemia continuam”, afirmou.

A situação se agrava ainda mais diante do medo de adoecer e das dificuldades econômicas, o que causa ansiedade e estresse, segundo o médico e psicólogo Roberto Debski. “Com esses sintomas, aumenta a busca por substâncias que dão prazer, como nicotina e álcool”, disse.

Já entre os fumantes, 23% afirmaram que passaram a fumar 10 cigarros a mais por dia. O maço antes consumido em uma semana por um morador de Vila Velha, de 26 anos, agora dura três dias. “Me acalma e me deixa menos estressado. Se tornou um hábito ainda mais comum neste momento”.

Alerta para risco maior de Covid-19 e depressão

Imagem ilustrativa da imagem População está bebendo mais na quarentena
Isolamento é um dos sintomas da depressão em adolescentes e crianças |  Foto: Divulgação

O consumo maior de cigarro e bebida alcoólica pode aumentar o risco de doenças associadas ao momento crítico em que a sociedade vive: a Covid-19 e a depressão.

A pesquisa da Fiocruz mostrou que o aumento do consumo de álcool está ligado à frequência que as pessoas se sentem tristes ou deprimidas: quanto maior a frequência, maior o uso de bebida alcoólica.

“Alguns estudos apontam que o consumo excessivo de álcool aumenta o risco de sofrer depressão, por predisposição genética ou até mesmo por ativar uma depressão não reconhecida”, ressaltou a psicóloga Thayse Espíndola.

Já a oncologista Carolina Conopca afirma que fumantes apresentam maior chance de desenvolver formas graves da Covid-19. “O coronavírus causa uma infecção, que, se não for tratada, pode evoluir para pneumonia grave. Os fumantes possuem um maior risco de desenvolver essa forma grave e, por isso, podem necessitar de internação e respiração artificial”, explicou.

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