Eleições 2022: Eduardo Bolsonaro defende o adiamento da votação
Filho do Presidente, que veio ao Estado para apoiar Manato, apontou denúncias de supostas fraudes em inserções de propagandas eleitorais
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O deputado federal reeleito Eduardo Bolsonaro (PL) esteve no Estado para apoiar a candidatura de Carlos Manato (PL) ao governo. Em fala à imprensa, ele defendeu a possibilidade de adiamento das eleições por conta de denúncias de supostas fraudes nas inserções de propagandas eleitorais de rádios.
“O ministro Alexandre de Moraes falou que precisava de provas mais robustas e mais de 5 mil páginas de auditoria foram entregues. Um servidor do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) foi demitido após mandar um e-mail para sua superior, onde uma rádio admite que não veiculou propaganda para Bolsonaro”, afirmou, logo após a chegada no Aeroporto de Vitória.
“Se for dado direito de resposta, será necessário adiar as eleições. Mas é muito pior a possibilidade de um conluio do PT com membros do TSE, o que por si só impugnaria a candidatura do PT”, completou.
O filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) se mostrou confiante com a reeleição do pai, chegando a citar que não acredita em pesquisas eleitorais, mas que o Instituto Veritá já colocou Bolsonaro na frente de Lula (PT) na disputa em uma pesquisa recente.
“Não acredito em instituto de pesquisas, mas o Veritá o coloca adiante. E se o DataFolha fala em empate técnico, é porque Bolsonaro está muito à frente”, afirmou.
Eduardo ainda teceu elogios a Manato e afirmou que ele é o representante do atual presidente da República no Estado, ao ser questionado sobre políticos capixabas que afirmam que vão votar tanto em Bolsonaro quanto no atual governador Renato Casagrande (PSB).
“A relação de Bolsonaro com Manato é íntima. Ele foi nosso colega na Câmara, sua esposa presta um bom trabalho e ele está bem acompanhado por aqui. O Espírito Santo vai acompanhar o Brasil”, afirmou.
“A gente não canta vitória antes da hora, mas a expectativa é muito boa. Minha presença aqui é só a 'cereja do bolo', porque estou sabendo que Manato está na frente. É Manato aqui e Bolsonaro lá. Teremos um governo estadual alinhado ao governo federal”, completou.
Após chegar no Estado, o candidato almoçou com políticos locais em uma casa de eventos anexa ao Aeroporto de Vitória e depois partiu para uma série de carreatas pela Grande Vitória, iniciadas na Serra, para pedir votos a Manato e a Jair Bolsonaro.
Magno detalha acidente em banheiro
O senador eleito Magno Malta (PL) chegou logo após Eduardo Bolsonaro e aproveitou para contar com detalhes o que aconteceu em seu acidente recente, que o deixou com um nariz quebrado, ferimentos no rosto e um olho roxo.
Ao chegar, o senador explicou que está se sentindo bem, mas que iria a um oftamologista logo após o almoço por conta de uma suspeita de ferimentos dentro de seu olho.
“São 15 pontos, a sensação é de nariz entupido. Daqui a pouco vou ao médico, estou com uma 'nuvem' no olho e acham que ele foi atingido por dentro. Mas estou melhor”, comentou.
Ao sair do almoço, Magno Malta explicou que iria ao médico apenas no final da tarde. E deu mais detalhes sobre o ocorrido, afirmando que o olho roxo foi resultado de uma queda no banheiro.
“Viajei para Bahia... Tivemos um evento à noite e fiquei no hotel. Lá, o modelo deles de box do banheiro abre assim (fez um gesto com as mãos)”, explicou.
“Tenho uma lesão de medula e não tenho sensibilidade nos pés. Entrei no chuveiro e me desequilibrei. Fui me escorar, nisso a porta abriu e eu caí de cabeça perto do vaso. Minha filha me socorreu. Tomei 15 pontos, quebrei o nariz. Vou fazer o trajeto com o Eduardo e no fim da tarde vou no médico. Estou com muita dor de cabeça, mas vou até o final”, completou.
Ele disse ainda que a eleição não é uma luta com pessoas. “Zero com (o atual governador) Renato (Casagrande) ou qualquer um da esquerda. Sempre os respeitei e vou continuar respeitando, porque me respeitaram também. É só uma mudança de regime. O Brasil é conservador”.
Almoço com moqueca e bombom junto aos aliados

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) almoçou com Carlos Manato (PL) e uma série de políticos do Estado na casa de eventos anexa ao Aeroporto de Vitória. E chegou ao Estado querendo comer moqueca.
“Só tenho uma condição aqui: vou comer moqueca ou não vou?” disse, sorrindo, ao cumprimentar a comitiva que o recebeu, formada por uma série de deputados estaduais e vereadores, além do próprio Manato e da mulher dele, a deputada Soraya Manato (PTB).
O almoço foi fechado para convidados e o pedido do filho do atual presidente Jair Bolsonaro foi realizado. Além da moqueca, os presentes também tiveram direito a um bombom de sobremesa.
Entre os presentes da esfera política estavam Magno Malta (PL), Danilo Bahiense (PL), Lucas Polese (PL), e Evair de Melo (PP).
Chamou atenção a disposição das mesas. Soraya Manato não estava sentada na mesa na qual Eduardo e seu marido estavam, ficando em uma ao lado. Já o senador eleito Magno Malta (PL) estava ao lado do filho de Jair Bolsonaro.
Moraes “culpado por surto”
Quem também esteve presente na vinda do filho do presidente da República ao Estado foi o deputado federal José Medeiros (PL-MT), que demonstrou confiança na vitória de Jair Bolsonaro ao governo federal e classificou como “surto” o ato do presidente do PTB, Roberto Jefferson, de atirar contra policiais federais.
“Estamos viajando pelo País, e estamos muito otimistas, principalmente no Nordeste, que é o coração do PT. Tivemos uma boa recepção lá. Votação vai ser apertada, mas vamos ganhar”, afirmou.
Sobre Roberto Jefferson, o deputado lamentou a atitude, elogiou a Polícia Federal, mas culpou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes pelo acontecimento.
“Quando uma situação começa errada, não tem como ter final certo. A partir do momento em que os ministros começaram a agir daquela forma, você não sabe como as pessoas vão reagir. Agradeço à PF porque hoje o Brasil não está deflagrado devido à experiência dos agentes em lidar com a situação”, afirmou.
“Os caras tiveram espírito de temperança e diálogo. Resolveram a questão, segue o baile. Mas é aquilo: são pensamentos repetitivos, só pensa nesse tema. Ele surtou. Estamos decepcionados é com a censura que ocorre no País. A gente apoia totalmente a PF, e lamenta o surto que o Roberto teve”, completou.
Jefferson foi preso no último domingo após reagir com tiros de fuzil e granada contra policiais federais a uma ordem de prisão. Em vídeo, ele xingou a ministra do STF, Cármen Lúcia, e a comparou a “prostitutas” e “vagabundas” em um vídeo publicado por sua filha Cristiane Brasil (PTB) nas redes sociais.
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