Bolsonaro pede que políticos vão às ruas

| 30/03/2020, 14:23 14:23 h | Atualizado em 30/03/2020, 14:36

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-03/372x236/bolsonaro-7fcf8d2890ea6ed4471a49577484fcd0/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-03%2Fbolsonaro-7fcf8d2890ea6ed4471a49577484fcd0.jpg%3Fxid%3D115429&xid=115429 600w, Bolsonaro visitou feira e lojas em geral. Aglomerações se formaram com pessoas tirando fotos do Presidente

O presidente Jair Bolsonaro recomendou, ontem, que todos os políticos do Brasil saiam às ruas e cumprimentem as pessoas para, na avaliação dele, entender a realidade do País nesses tempos de coronavírus. 

A declaração veio um dia após o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pedir em reunião que não menosprezasse a gravidade da pandemia do novo coronavírus em suas manifestações públicas.
Em vídeo postado nas redes sociais, Bolsonaro comentou o “tour” realizado por ele nas redondezas de Brasília na manhã de ontem.

“Agora há pouco estive em Ceilândia e Taguatinga. Fui ver na ponta da linha como está o nosso povo. E em especial os informais, os mais atingidos por essa onda de desemprego. Uma experiência que recomendo a todos os políticos do Brasil”, disse o presidente Bolsonaro.

Nas ruas da capital federal, Bolsonaro disse que as pessoas querem voltar a trabalhar. Ele foi a um açougue e também cumprimentou a população, causando alvoroço nas ruas. Houve aglomerações de pessoas para tirar selfies com o Presidente.

“O povo quer trabalhar. É o que eu tenho falado desde o começo. Vamos tomar cuidado, a partir dos 65 fica em casa”, disse Bolsonaro, que completou 65 anos no dia 21.

Para gravar o vídeo, buscou orientação do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, com quem se encontrou.

Mandetta deixou claro, no sábado, que, se o Presidente insistisse em ir às ruas, seria obrigado a criticá-lo. E Bolsonaro rebateu que, nesse caso, iria demiti-lo. Depois, em coletiva, o ministro da Saúde condenou atos pela abertura do comércio e disse que “os mesmos que fazem carreata vão ficar em casa daqui a duas semanas”.

Procurado ontem para se manifestar sobre o tour do Presidente, o Ministério da Saúde respondeu que não comentaria.

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