Advogado filho de prefeito de cidade capixaba solicita auxílio emergencial

| 09/06/2020, 19:28 19:28 h | Atualizado em 09/06/2020, 20:21

A pandemia no novo coronavírus trouxe problemas financeiras para famílias do País, que tiveram que ficar sem trabalhar, perderam empregos ou tiveram contratos suspensos. Na tentativa de amenizar as perdas econômicas, o auxílio emergecial, com valores de R$ 600 a R$ 1.200, foi concedido pelo governo federal. 

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-06/372x236/andre-luiz-benfica-borel-dafd708c04b5498ac4f734c407bca157/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-06%2Fandre-luiz-benfica-borel-dafd708c04b5498ac4f734c407bca157.jpeg%3Fxid%3D126291&xid=126291 600w, André Luiz é advogado e filho do prefeito de Alto Rio Novo
No Espírito Santo, o advogado André Luiz Benfica Borel, de 30 anos, filho do prefeito de Alto Rio Novo, Luiz Américo Borel, fez a solicitação do auxílio. No entanto, o profissional liberal disse que se arrependeu e decidiu devolver a parcela de R$ 600 ao governo. 

"Sou profissional liberal, convivo em união estável por cerca de 3 anos, tenho meu escritório em Alto Rio Novo. Fiquei quase 30 dias com o escritório fechado, tudo paralisou. Tive necessidade de solicitar o auxílio por me enquadrar nos requisitos, por ter imposto de renda próprio, por isso foi aprovado o meu pagamento. Não sou dependente do prefeito. Sou filho dele, mas sou independente financeiramente dele. A questão é que querem ligar nome do meu pai a mim. Foi um erro solicitar o auxílio do governo federal", afirmou o advogado.

André frisou que fez a solicitação por conta da crise do coronavírus, que estendeu os prazos processuais e ele ficou por um período sem clientes. 

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"Depois que fiz a solicitação, me arrependi e entrei em contato com a Caixa e o Ministério da Cidadania para cancelar o auxílio. Fiz a solicitação por me enquadrar nos requisitos, mas, depois que não precisei do dinheiro, eu não utilizei e queria devolver. O governo criou o mecanismo para devolver e devolvi", garantiu ele.

O advogado disse que a decisão de devolver o dinheiro da primeira parcela paga em abril foi tomada antes que se tornasse público a informação de que ele havia pedido o auxílio. Documentos enviados por ele mostram que o valor foi devolvido em 25 de maio. 

Segundo ele, nenhuma parcela mais do auxílio foi depositada na conta dele.

André enviou ofícios para a Caixa e Ministério da Cidade, solicitando o cancelamento do pedido de auxílio por "não haver mais necessidades e justificativas para continuar o recebimento do devido auxílio, por ter superado a crise financeira com meu próprio trabalho", escreveu ele. 

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