"Vítimas de chacina não eram do tráfico. Estavam na ilha se divertindo", diz delegado

| 29/09/2020, 12:41 12:41 h | Atualizado em 29/09/2020, 13:27

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-09/372x236/vitimas-da-chacina-na-ilha-do-americo-292d466d586975af8a26b4d1bedabd06/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-09%2Fvitimas-da-chacina-na-ilha-do-americo-292d466d586975af8a26b4d1bedabd06.jpeg%3Fxid%3D143538&xid=143538 600w, Pablo, Yuri e Wesley foram mortos em chacina. Outro jovem, Victor, também está entre as vítimas

“As vítimas foram tiradas da sociedade, do convívio com seus familiares. É lamentável. Bandidos fortemente armados fizeram uma emboscada”, explicou o delegado Marcelo Cavalcanti, titular da Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória e responsável pela investigação da chacina ocorrida na noite de segunda-feira (28), na Ilha do Américo, em Santo Antônio, na Capital.

Segundo o delegado, os jovens mortos "não tinham envolvimento com o tráfico de drogas e estavam no local apenas se divertindo". As vítimas foram amarradas e filmadas pelos criminosos antes dos assassinatos. 

"Pela nossa expertise e pelos vídeos, os autores do crime não sabiam quem eles estavam assassinando", completou Cavalcanti.

Pablo Ricardo Lima Silva, 21 anos, trabalhava em uma lanchonete, de acordo com a mãe. “Ele sempre ia na ilha com amigos, tinha esse costume. Iam lá para pescar, tomar banho”, contou.

Já Wesley Rodrigues Souza, 29 anos, era marítimo. Outra vítima da chacina, Yuri Carlos de Souza Silva, 23, trabalhava como auxiliar de produção. Ele perdeu o emprego durante a pandemia e estava buscando uma nova oportunidade.

A quarta vítima do crime na Ilha do Américo é Victor da Silva Alves, 19 anos.

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