Queda de avião em Guarapari: aeronave não tinha caixa-preta

| 20/02/2020, 14:40 14:40 h | Atualizado em 20/02/2020, 14:58

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-02/372x236/aeronave-que-caiu-em-guarapari-nao-tem-caixa-preta-fcc5ac38196699c821701616f2efe9f4/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-02%2Faeronave-que-caiu-em-guarapari-nao-tem-caixa-preta-fcc5ac38196699c821701616f2efe9f4.jpg%3Fxid%3D109571&xid=109571 600w, Loja de material de construção atingida por avião

As investigações das causas da queda do avião, em Guarapari, já foram iniciadas por técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), na manhã desta quinta-feira (20). O suboficial da Força Aérea Brasileira (FAB) e integrante do centro, coronel Jeferson Pessoa de Araújo, disse que o monomotor não tem caixa preta - instrumento que registra áudios e outros dados do voo.

A aeronave caiu pouco depois de decolar, no bairro Aeroporto. Na queda, atingiu parte de uma loja de material de construção. O copiloto Fabiano Luiz Gonçalves morreu carbonizado.

Já o piloto e dono da aeronave, o empresário Luciano Ferreira de Souza, chegou a ser socorrido em estado grave e foi levado com queimaduras para o Hospital Jayme Santos Neves, na Serra. No entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu. A informação da morte foi confirmada nesta quinta.

Durante a manhã, os técnicos do Cenipa chegaram ao local do acidente para iniciar as investigações que vão apontar as possíveis causas da queda do avião, monomotor modelo Cherokee 180.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-02/372x236/aeronave-que-caiu-em-guarapari-nao-tem-caixa-preta-731c4145622f99443b3ebded566f8679/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-02%2Faeronave-que-caiu-em-guarapari-nao-tem-caixa-preta-731c4145622f99443b3ebded566f8679.jpg%3Fxid%3D109572&xid=109572 600w, Técnicos do Cenipa iniciaram trabalho de investigação. Coronel Jeferson (esquerda) disse que avião não tem caixa preta
"Essa etapa é de coleta de dados, observação de índicios, retirada de material, entrevista com testemunhas. Tiramos muitas fotografias para partir para a próxima etapa, que é a parte de pesquisas e análises, onde vamos mandar o material recolhido para exames. A partir daí, passamos para uma etapa de construção de hipóteses e, ao final deste processo, as nossas conclusões com as recomendações", explicou o coronel.

Os técnicos do Cenipa já recolheram o motor da aeronave e peças ligadas a ela para que sejam feitas análises.

Um equipamento que auxilia investigação de acidentes aéreos é a caixa-preta do avião. O suboficial da FAB destacou que a regulamentação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não exige esse instrumento para esse tipo de aeronave. Outro fator que complica a investigação, segundo ele, é a morte dos tripulantes do avião.

"Fica muito mais difícil com a morte do piloto. Quando você tem a declaração dele, você conhece todo o histórico e sabe exatamente tudo o que ele fez. Essa é uma aeronave que não tem registrador de voo, não tem gravador de voz e dado. Tudo isso dificulta. Quando há o falecimento do piloto fica mais difícil. É uma investigação complexa", reconheceu ele.

O coronel não estipulou prazo para a conclusão dos trabalhos. Após o acidente, o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Civil realizaram diferentes perícias, já na tarde de quarta, com o intuito de entender as causas da pane e do acidente. A previsão é que o laudo fique pronto em 30 dias.

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