Mais de 80 quilos de cocaína flagrados em carro de empresário em Guarapari

| 02/07/2020, 20:20 20:20 h | Atualizado em 02/07/2020, 20:44

Mais de 80 quilos de cocaína foram flagrados nesta quinta-feira (2) em carro de um empresário em Guarapari. A droga foi apreendida durante a fase da Operação Assepsia da Polícia Federal. O valor da substância está avaliada em mais de  R$ 1,5 milhão.

De acordo com a polícia, o veículo tem ligação com o empresário preso na quinta-feira (1º) na cidade. Ele é condenado por tráfico internacional de drogas. 

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-07/0x0/carro-apreendido-em-guarapari-com-mais-de-80-kg-de-cocaina-f5b31262eeefdef3072b1eaa37091615/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-07%2Fcarro-apreendido-em-guarapari-com-mais-de-80-kg-de-cocaina-f5b31262eeefdef3072b1eaa37091615.jpeg%3Fxid%3D130100&xid=130100 600w, Carro onde a polícia encontrou mais de 80 kg de cocaína em Guarapari.

Na ocasião, aproximadamente R$ 280 mil em dinheiro foram apreendidos. A suspeita é de que quantia apreendida é proveniente do tráfico.

Ainda segundo a PF, o investigado responderá pelo crime de lavagem de dinheiro, em que a pena varia entre 3 a 10 anos de reclusão e pelo crime de tráfico de drogas, em que a pena varia entre 5 a 15 anos de reclusão.

ENTENDA O CASO

Um empresário condenado por tráfico internacional foi preso nesta quarta-feira (1) em Guarapari, onde estava vivendo com nome falso. Dois carros de luxo, um Evoque, da Land Rover, e um Onix turbo, da Chevrolet, e aproximadamente R$ 280 mil em dinheiro foram apreendidos. Os carros são avaliados em mais de R$ 350 mil.

A prisão e a apreensão foram realizadas pela Polícia Federal durante a Operação Assepsia, montada para combate ao tráfico de drogas e à lavagem de dinheiro. A suspeita é de que quantia apreendida é proveniente do tráfico.

De acordo com informação da Polícia Federal, contra o empresário havia um mandado de prisão em aberto, expedido pela Justiça do Rio de Janeiro. Ele já havia sido condenado na operação Aegir, que tramitou na 8a. Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, e investigou a remessa de cocaína para o exterior através do Porto do Rio de Janeiro, segundo a PF.

A Operação Aegir foi deflagrada em 2018 e as investigações apontaram que os acusados escondiam drogas dentro de contêineres, no meio de carga lícita. Os destinatários e remetentes não tinham ciência do crime. Os entorpecentes eram enviados para a Europa.

A Operação Assepsia contou com a participação de seis policiais federais e foram cumpridos dois mandados de prisão que estavam em aberto e um mandado de busca e apreensão, todos em Guarapari.

A polícia informou que o empresário estaria escondido em Guarapari, de onde continuaria exercendo liderança no tráfico de drogas. Foram realizadas diligências e os policiais chegaram ao endereço do foragido.

A operação: "contaminação" de contêineres

Em 2018, 11 pessoas foram presas, durante a operação Aegir, deflagrada nesta quarta-feira (10) pela Polícia Federal. Uma organização criminosa responsável pela "contaminação" de contêineres a bordo de navios de carga, no Porto do Rio, para o envio de cocaína para a Europa, foi desmantelada.

A ação, que contou com apoio da Capitania Dos Portos, da Aeronáutica e da Receita Federal do Brasil, teve como objetivo combater o tráfico internacional de drogas com foco no transporte marítimo.

Ao todo, foram expedidos 18 mandados de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Paraíba. Das onze pessoas presas nesta quarta, nove delas são do Rio de Janeiro. Cerca de 200 policiais federais participam da ação.

Quatro homens foram presos em flagrante, nesta madrugada, enquanto tentavam infiltrar sete mochilas com 78 kg de cocaína pura em contêineres em um navio.

De acordo com a polícia, dois eram estivadores e outros dois eram funcionários da MultiRio, concessionária que administra o Porto do Rio. A empresa tem colaborado com a investigação, de acordo com o delegado da Polícia Federal André Santana.

O carregamento de drogas apreendido nesta madrugada seria enviado para o porto de Antuérpia, na Bélgica. Em todo o país, este ano, a Polícia Federal já apreendeu 57 toneladas de drogas, sendo cerca de 25 toneladas em portos ou navios.

Desde o início da investigação, há cerca de um ano, foram apreendidos 2,3 toneladas de drogas.

De acordo com a Polícia Federal, o método com que a organização criminosa operava o tráfico internacional de drogas é o chamado “Rip-load (rip on) / Rip-off”, “içamento” ou “pescaria” que consiste, basicamente, em levar a carga de drogas para dentro de navios ancorados nos portos com a ajuda de uma pequena embarcação que se aproxima do seu bordo externo (voltado para o mar, e por isso fora visão dos funcionários em terra).

Eles carregavam embarcações pequenas, navegavam pela Baía de Guanabara, se posicionavam a bordo do navio e faziam o içamento com a participação de estivadores. Os contêineres eram escolhidos previamente para serem contaminados", explica o delegado.

De acordo com a polícia, os remetentes e destinatários da mercadoria lícita que estava nos contêineres não tinham conhecimento da atividade de tráfico.

"Não temos nenhum indicativo de que as partes envolvidas na negociação comercial lícita tinham conhecimento sobre isso”.

O nome da operação Aegir remete à mitologia nórdica. Aegir era o deus dos mares e oceanos.

Ele era ao mesmo tempo cultuado e temido pelos marinheiros, pois estes acreditavam que ele aparecia na superfície para tomar homens e cargas e levá-los para seu salão no fundo do oceano.

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