Entenda o esquema dos hackers para desviar dinheiro no ES
O esquema era composto por ao menos três núcleos: hackers, intermediadores e beneficiários
A operação Cybercafé realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (22), identificou a existência de um grupo criminoso composto ao menos por três núcleos: Hackers/Atacantes; Intermediadores e Beneficiários, que invadiam contas bancárias, por meio da internet, para desviar valores ou quitar boletos.
Para o esquema acontecer, os hackers acessavam ilegalmente as contas das vítimas mediante ataque Phishng ou Acesso Remoto (RAT's - Remote Access Trojan), desviando os valores para contas de beneficiários ou para pagamento de boletos da Secretaria Estadual de Fazenda do Espírito Santo (SEFAZ/ES).
Já os intermediários eram responsáveis pelo recrutamento dos beneficiários e deles recebiam os valores frutos das fraudes, repassando parcela dos valores colhidos com o crime aos hackers.
Confira:
Investigação
As investigações tiveram início após uma ação preliminar da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) identificar um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias atuando no Estado do Espírito Santo.
No total, a justiça expediu 20 mandados, sendo dois de prisão temporária e 18 de busca e apreensão. A operação Cybercafé, como foi nomeada, foi realizada nesta quarta-feira (22). O objetivo da ação é conter o grupo criminoso especializado na prática de fraudes eletrônicas.
Em razão da grande quantidade de mandados a serem cumpridos, a operação conta com a participação de 77 policiais federais do Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo e Santa Catarina.
De acordo com a polícia, os maiores beneficiários das fraudes cometidas são empresas que atuam no comércio de café do Espírito Santo e, por esse motivo, a operação foi nomeada como "Cybercafé".
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