"Elas mataram minha filha por inveja", diz mãe de agricultora assassinada

| 11/12/2019, 09:11 09:11 h | Atualizado em 11/12/2019, 17:42

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2019-11/0x0/thamires-lorenconi-vitima-homicidio-041411ecacf490417409e62dca0a197c/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2019-11%2Fthamires-lorenconi-vitima-homicidio-041411ecacf490417409e62dca0a197c.jpg%3Fxid%3D100129&xid=100129 600w, Thamires Lorençoni tinha três filhos pequenos
Dez dias após o assassinato da agricultora Thamires Lorençoni Mendes
, de 26 anos, morta com três tiros no dia 30 de novembro, em Vargem Alta, na região Serrana, a família do casal tenta se adaptar à ausência dela.

As crianças, um menino de 3 anos e duas meninas de 7 e 8 anos, estão com a avó. “Perdi minha filha e agora vão ficar os netos sem a mãe”, disse a mãe de Thamires, a comerciante Débora Maria Lorençoni, 51.

Com a foto da filha na tela do celular e o olhar distante, carregado de lembranças da filha, a comerciante conversou com A Tribuna em sua casa e contou que já não tem mais lágrimas para chorar a perda da filha.

A Tribuna – Como está a senhora agora, depois do crime?
Débora Lorençoni – Não tenho mais lágrimas de tanto que chorei pela minha filha. Nem sei quando terei lágrimas novamente. Se a gente tem uma filha que usa drogas, até espera que possa acontecer. Mas Thamires só sabia trabalhar e cuidar dos filhos. Perdi minha filha e agora vão ficar os netos sem a mãe. Uma está com febre, vomitando. O pequeno não come.

Qual a lembrança que fica?
Minha filha era amorosa com todo mundo. Gostava de ajudar. Na feira, o que sobrava doava para os outros. Não vivia na casa de ninguém fofocando para vir essas duas (Sula e Flávia) e fazer isso com ela. Destruíram minha vida.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2019-12/0x0/debora-lorenconi-mae-de-thamires-343767d03cf0f612281e394be0778048/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2019-12%2Fdebora-lorenconi-mae-de-thamires-343767d03cf0f612281e394be0778048.jpg%3Fxid%3D100130&xid=100130 600w, Débora Lorençoni, de 51 anos, diz que perdeu a filha, e os netos, a mãe

Como está seu genro?
Ele está morrendo aos poucos. Está acabado. Emagreceu. Disse que está com um nó na garganta e não consegue comer, inconformado. Acabaram com a vida dele.

Vocês desconfiavam delas?
Desde o início. Minha filha e o marido estavam reformando a casa embaixo (da delas) para se mudar para lá. A madrasta dele e a filha moravam no andar de cima, com o pai de Gedson. Ela (a madrasta) falava que para aquela casa ela não ia. Que estavam fazendo à toa. Mas nunca imaginaria que iriam fazer isso com minha filha.

O que motivou o crime?
As duas não iam aguentar a felicidade dos dois. Eles se amavam de verdade. Eles eram felizes. Acharam que iam ficar impunes. Elas não imaginavam que iriam ser presas. As duas mataram minha filha por ciúme e inveja. Não iriam suportar um casal tão feliz debaixo da casa delas. A menina era apaixonada pelo Gedson, mas ele não correspondia.

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