Consultora imobiliária é agredida em restaurante e tem o rosto desfigurado

| 16/01/2020, 13:37 13:37 h | Atualizado em 16/01/2020, 15:54

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-01/372x236/milka-borges-5e7e683fd4dbfb40c348344fd9da4b59/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-01%2Fmilka-borges-5e7e683fd4dbfb40c348344fd9da4b59.jpg%3Fxid%3D104579&xid=104579 600w, Milka Borges (direita) ficou com o rosto desfigurado após a agressão (esquerda)

Uma consultora imobiliária de 33 anos, identificada como Milka Borges, foi agredida após uma discussão dentro de um restaurante de luxo do Jockey Club de São Paulo. A briga aconteceu na noite de sábado (11) e, segundo a vítima, começou após um desentendimento na fila do banheiro.

Segundo relatos de Milka, ela e uma amiga aguardavam para entrar na cabine do sanitário quando a agressora apareceu exclamando que não ia esperar na fila. Fernanda teria retirado uma amiga da vítima do banheiro e, ao sair do local, teria empurrado Milka, que teria dito para a agressora que ela "não pode empurrar as pessoas assim", e que a agressora estaria "descontrolada".

A mulher, que é cunhada do dono do restaurante, teria saído do sanitário e voltado em seguida. No retorno, mulher teria atirado um copo de vidro na cara de Milka, que não teve tempo de esboçar reação. 

A consultora contou que, mesmo machucada, precisou se esconder em uma das cabines para que não fosse agredida novamente –dessa vez pelos homens. Ela diz ter sido ameaçada aos gritos de "eu vou matar essas vagabundas".

A vítima afirma não ter recebido nenhum tipo de assistência do restaurante e ter sido levada para o hospital pelos amigos que a acompanhavam no local. Ela teve cortes profundos no rosto e já passou por três procedimentos para reconstrução da face.

Levada por amigos ao hospital com cortes profundos que atingiram vasos sanguíneos importantes do rosto, Milka diz ter feito quatro cirurgias e afirma que deve encarar ainda mais procedimentos.
Ela registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal no 89º Departamento de Polícia e fez perícia no IML (Instituto Médico Legal).

Veja a reportagem do SBT sobre o caso

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O outro lado

Em nota, o restaurante Iulia considerou como desentendimento entre duas frequentadoras a agressão sofrida pela consultora. O estabelecimento também disse que em três anos de funcionamento não havia ocorrido fato semelhante no local e que a acusada de agressão não é sócia do local nem lá trabalha.

O Iulia afirma que vai colaborar com as autoridades para esclarecer os fatos.

Em relação à omissão de socorro, numa segunda nota enviada à reportagem a assessoria de imprensa do local disse que ofereceu assistência a Milka após o incidente, mas que ela preferiu ir ao hospital com amigos.

Sobre a suposta ameaça de morte que teria sido feita por um dos proprietários, o estabelecimento nega e afirma que o desentendimento foi entre as duas mulheres. "Não houve agressão ou ameaça por parte dos proprietários", diz o texto.

Já o Jockey Club de São Paulo disse, também em nota, que tomou conhecimento do acontecido por meio das redes sociais e que vai abrir uma sindicância interna para pedir esclarecimentos ao locatário.

Procurados, agressora e os proprietários não responderam até a publicação desta reportagem da Folha de São Paulo.

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