Caso Georgeval: advogados deixam o caso e acusado terá nova defesa

O caso aconteceu em 21 abril de 2018 e chocou todo país. O ex-pastor é acusado de estuprar, agredir e colocar fogo nas crianças

Larissa Maestri | 10/08/2022, 19:21 19:21 h | Atualizado em 01/04/2023, 08:30

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/372x236/inline_00121702_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00121702_00.jpg%3Fxid%3D517958&xid=517958 600w, O ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves precisa, mais uma vez,  procurar novos advogados para sua defesa. As advogadas Júnia Carlos Passos e Luiza Nunes Lima, que faziam sua defesa, abandonaram o processo
 

Acusado de abusar sexualmente e assassinar os irmãos Kauã, 6 anos, e Joaquim, 3, em um incêndio criminoso em Linhares, Norte do Espírito Santo, o ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves precisa, mais uma vez,  procurar novos advogados para sua defesa. As advogadas Júnia Carlos Passos e Luiza Nunes Lima, que faziam sua defesa, abandonaram o processo. 

O réu, que já contou com a defesa de três advogados mineiros,  que também pediram o desligamento do caso, foi intimado em maio deste ano, em um despacho assinado pela juíza Patrícia Plaisant Duarte.

No documento, a magistrada dá o prazo de 10 dias para que Georgeval constitua uma nova defesa. Em caso de ausência de um novo advogado, a juíza nomeará um Defensor Público para seguir com a defesa do acusado.

Segundo o advogado de acusação, Síderson Vitorino, a Justiça aguarda que Georgeval indique as suas testemunhas e as provas que pretende produzir no Tribunal do Júri.

"Para poder apresentar novas testemunhas e provas, ele precisa indicar seus novos advogados uma vez que, os anteriores abandonaram o processo", disse o advogado.

O ex-pastor está preso há 4 anos e quatro meses e ficará em regime fechado até o julgamento. No documento, o juiz Tiago Fávaro Camata, da 1ª Vara Criminal de Linhares, afirmou que a prisão de Georgeval é importante para garantir a ordem público e o bom andamento do processo. 

"A justiça entende que existem indícios de autoria e materialidade do fato criminoso", explicou Vitorino.

Justiça mantém júri popular

No dia 23 de junho de 2021, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) decidiu por unanimidade  manter a decisão de levar a júri popular Georgeval.

Segundo o advogado de acusação, Síderson Vitorino, a defesa de Georgeval havia recorrido da decisão para que o ex-pastor não fosse a júri popular. A defesa de Juliana, mãe de Joaquim e Kauã , também recorreu, mas a apelação ainda será analisada.

“Quanto ao Georgeval, por unanimidade de votos, o Tribunal de Justiça manteve a decisão de pronuncia que o leva ao Júri popular. Quanto à apelação de Juliana, a desembargadora pediu o retorno dos autos ao gabinete para analisar a fala da Dra. Lharyssa - Assistente de acusação junto comigo neste processo”, explicou.

O caso aconteceu em 21 abril de 2018 e chocou todo país. O ex-pastor é acusado de estuprar, agredir e colocar fogo nas crianças.  As vítimas eram o enteado e o filho do ex-pastor.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: