PIB: Brasil é o terceiro melhor das 10 maiores economias

O resultado do PIB brasileiro calou os economistas do apocalipse como o FMI, que previu contração de 9%. Apesar da Covid, a queda de 4,1% é o terceiro melhor desempenho entre as 10 maiores economias do mundo antes da pandemia.

Apenas China, que cresceu 2,3% e foi a única com resultado positivo, e os EUA, com -2,3%, obtiveram resultados melhores em meio ao distanciamento social, lockdowns e demissões inevitáveis.

Quem ficou para trás
Atrás do Brasil estão Japão (-4,8%), Canadá (-5,1%), Alemanha (-5,3%), Índia (-7,7%), França (-8,3%), Itália (-8,8%) e o Reino Unido (-9,9%).

Fundamental
Ações como orçamento de guerra e auxílio emergencial foram decisivos para reação da economia, que cresceu 3,2% no último trimestre de 2020.

Fora do controle
Apesar do relativamente bom desempenho na pandemia, o Brasil sofreu com a alta do dólar, que disparou 29,33% em 2020 e 8,1% este ano.

Pandemia Dilma
Sem pandemia, durante o destrambelhado segundo governo Dilma Rousseff, a queda no PIB chegou a -3,5% em 2015, e -3,3% em 2016.

Ofertas mostram que Flávio pagou caro por mansão
O valor de R$ 6 milhões pago pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) por sua mansão em área nobre de Brasília pode ter sido, afinal, péssimo negócio. Por sugestão de corretores consultados pela coluna, uma busca nas ofertas da região mostra que apenas três dos 21 imóveis à venda nas imediações têm valores superiores, mas são bem maiores, citados em revistas famosas ou têm luxos como elevador e casa de hóspedes.

O mercado é outro
A maioria dos imóveis na região está anunciada com preços entre R$ 3 milhões e R$ 4,5 milhões, reforçando que Flávio Bolsonaro pagou caro.

Nada a esconder
Segundo o senador, não há problema algum e a maior parte do imóvel foi financiada, com escritura pública. “Tudo redondinho, dentro da lei”, disse.

Medo da patrulha
Os corretores ouvidos pela coluna não quiseram se identificar com medo de represálias de “antibolsonaristas”, e serem prejudicados no trabalho.

Resposta imunológica
A vacina indiana Covaxin tem eficácia de 81%, atestada na fase 3 divulgada ontem, e apresenta resposta imunológica contra as chamadas “variantes” do coronavírus. O Brasil já comprou 20 milhões de doses.

Manipuladores
O noticiário sobre a queda do PIB espantou pela desonestidade. Raros foram os que lembraram que a Covid paralisou a atividade econômica. O maior site de notícias citou a pandemia no 8º parágrafo da informação.

Viva o campo
Pela enésima vez, o agronegócio segurou a peteca. Ao contrário da indústria e dos setores de serviços, e apesar dos ataques que sofre, o campo foi à luta e por isso o PIB da agricultura cresceu 2% em 2020.

Esquerda sem cabeça
Enquanto projeto de Eduardo Bismarck (PDT-CE) tenta adiar a punição a empresas que infringirem a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Erika Kokay (PT-DF) quer a aplicação imediata das sanções.

Volta ao trabalho
Com a compra pelo Ministério da Saúde das vacinas que faltavam, da Pfizer e Janssen, perdem sentido o “consórcio de municípios” e a lorota de governadores sobre adquirir imunizantes (com dinheiro federal, claro).

Falência adiada
O cambaleante Estaleiro Atlântico Sul, de Pernambuco, ganhou um fôlego. Nem sequer foi discutida, ontem, a proposta para decretar falência. A assembleia de credores foi adiada para 16 de abril.

Dificuldades
Segundo a Press Gazette, a circulação de jornais impressos nos EUA caiu 30%, em média, entre 2016 e 2020. O poderoso New York Times, por exemplo, despencou 33% e vende cerca de 410 mil cópias ao dia.

Mandou bem
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC, decidiu não premiar aliados com os ambicionados “cargos em comissão”. Selecionou seus ocupantes, e os nomeou ontem, entre 20 mil currículos que recebeu.

Pensando bem...
...pandemia sem vacina vira pandemônio.

Poder sem pudor

Mala sequestrada

Em visita ao interior de Minas, o governador Milton Campos iria pernoitar em Bocaiúva, e os líderes políticos locais começaram a brigar para hospedá-lo – sinal definitivo de prestígio. Campos era da UDN, por isso o normal seria abrigar-se em casa de um udenista, mas ninguém contava com a esperteza do deputado José Maria Alkimin (PSD), amigo do governador:
“Você não dorme mais de pijamas? Não gosta de roupa limpa pela manhã?” Campos estranhou: “É claro que eu gosto, por que essas perguntas?” Alkimin avisou: “Porque sua mala já está lá em casa...”