Sport x Ceará: PM de Pernambuco diz que segurança absoluta só com portões fechados

A resposta foi dada após intimação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva STJD

Aline Moura | 03/04/2024, 14:39 14:39 h | Atualizado em 03/04/2024, 15:07

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Sport-x-Ceara-PM-de-Pernambuco-diz-que-seguranca-a0017465200202404031507/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FSport-x-Ceara-PM-de-Pernambuco-diz-que-seguranca-a0017465200202404031507.png%3Fxid%3D771810&xid=771810 600w, STJD decide, no próximo dia 9, se o jogo do Sport X Ceará será realizado em Pernambuco

Um documento assinado pelo comandante geral da Polícia Militar em Pernambuco, o coronel Ivanildo César Torres de Medeiros, está gerando polêmica no meio futebolístico.

Trata-se de uma resposta do comandante ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) sobre a realização do jogo Sport x Ceará, programado pela Copa do Nordeste, em Pernambuco. O STJD solicitou respostas da PM após a Federação Cearense de Futebol pedir que a próxima partida não ocorresse em Pernambuco,

A PM foi intimada a responder se poderia garantir “segurança absoluta” durante a realização do jogo, que será realizado na semana que vem, mas ainda não tem data fechada.

O coronel, que é especialista em gestão de crise e riscos, citou todos riscos inerentes do futebol, e admitiu que, para ter a “segurança absoluta”, tanto para os torcedores como para os profissionais envolvidos, a melhor saída é jogar de portões fechados. Seria a solução à alternativa mais drástica, invés de de tirar o jogo de Pernambuco.

“Recomenda-se que a citada partida de futebol seja realizada com portões fechados, sem a presença de público”, diz um trecho do documento assinado pelo coronel Ivanildo César Torres de Medeiros.

Num outro trecho, o comandante geral da PM ressalta que “todas as atividades de segurança pública levam em considerações variáveis que vão desde a estrutura do futebol e de suas organizações até às especificidades e particulares da gestão de risco aplicada ao contexto genérico da atividade do futebol e do ambiente em que a atividade ocorre”.

O comandante admitiu que segurança absoluta só de portões fechados. Ele explicou que, em média, 625 policiais Militares estão sendo acionados para fazer a segurança dos jogos em Pernambuco, inclusive um deles chegou a mobilizar cerca de mil policiais, mas destacou que as considerações variáveis são imprevisíveis.

A polêmica levantada é porque, na verdade, se os riscos fossem sempre considerados desta forma, não haveria festas de Carnaval, de São João, não haveria qualquer evento de rua, ninguém nem sairia de casa.

A polêmica começou desde a FCF cobrou que o jogo não fosse realizado no Estado, com a Federação Pernambucana de Futebol reagindo em tom elevado, nas palavras do seu presidente Evandro Carvalho: “o pedido é ridículo e não passada de uma encenação teatral”, disparou. No dia 9 de abril, o STJD vai responder a federação cearense.

A reportagem solicitou respostas sobre o assunto e a PM respondeu, por meio da assessoria de imprensa, dizendo que a Secretaria de Defesa Social vai disponibilizar equipe para se pronunciar no dia 10 de abril, na Arena de Pernambuco, em coletiva.

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