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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

Perigosa ilusão

| 09/08/2020, 12:26 12:26 h | Atualizado em 09/08/2020, 12:28

O Brasileirão que inicia neste final de semana nos obriga a uma importante reflexão. E a demissão do técnico italiano Maurizio Sarri, de 61 anos, anunciada ontem, após a eliminação da Juventus nas oitavas de final da Liga dos Campeões, na sexta-feira, cai como luva nesta precipitada e açodada época das projeções de início de temporada.

O treinador campeão da Liga Europa com o Chelsea há dois anos, que havia feito bom trabalho no Napoli entre 2015 e 2018, chegou a Turim em junho de 2019 com planos de ficar por três anos. Foi eneacampeão italiano e perdeu um só jogo (e por 1 a 0!), dos oito da principal copa europeia. Mas não resistiu às tensões do vestiário... e caiu.

Vejam bem a importância do que não se vê em campo. Medido pelos números, o trabalho era ótimo: até a derrota para o Milan no cabalístico 7 do 7, Sarri acumulava 32 vitórias, cinco derrotas e sete empates em 44 jogos da Juventus.

Bastidores

Dali em diante algo houve nos bastidores e o trabalho se perdeu. O time só venceu quatro dos dez confrontos, perdeu outros quatro e empatou com Atalanta e Suassolo – jogos, aliás, em que as derrotas foram evitadas nos minutos finais, sendo a última com gol de pênalti de Cristiano Ronaldo.
Em linhas gerais, teve em um mês quase o mesmo número de derrotas verificado nos oito meses anteriores de bola rolando, já descontando a paralisação pela Covid-19.

Ainda que tenha registrado aproveitamento de apenas 46,6% nos últimos dez jogos, Maurizio Sarri deixou “la Veccia Signora” com aproveitamento de 71,8%, com 34 vitórias, oito empates e nove derrotas em 51 jogos.

O problema é que o time, apesar de ter o português CR7 e uma leva de astros internacionais, perdeu o título da Supercopa, em dezembro, para a Lazio, e o da Copa da Itália para o Napoli, em junho. Além, é claro, da eliminação na Liga dos Campeões para um surpreendente Olympique Lyon – e com gol de pênalti mal marcado por um árbitro alemão.

Favoritismo

Ou seja: atribuir favoritismo ao Flamengo para o bicampeonato brasileiro numa temporada cheia de nuances desconhecidas e com o elenco entregue a um treinador cujo trabalho autoral é ainda uma incógnita sob o ponto de vista da administração do vestiário, é desconsiderar o imponderável para construção de uma narrativa cômoda. E o torcedor não deveria se deixar iludir.
 

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