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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Pela disseminação de notícias reais, é preciso mudar e rápido

| 04/04/2021, 10:45 10:45 h | Atualizado em 04/04/2021, 10:48

A mentira existe desde que o mundo é mundo. Nem mesmo os filósofos da antiguidade conseguiram entrar num consenso sobre o tema: Platão disse que sim, o indivíduo tem o direito de mentir, mas Aristóteles, Santo Agostinho e Kant disseram que não.

O ato é considerado um pecado em muitas religiões, sem contar que a mentira traz uma série de dilemas éticos e morais para a discussão.

Que proporções pode tomar uma mentira? A frase “Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”, atribuída a Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha Nazista, traz uma dimensão dos impactos que uma mentira contada e recontada pode causar. Ao cidadão, contar uma mentira aqui e ali pode parecer algo sem importância, mas com a propagação em massa de informações nas redes sociais, uma mentirinha pode custar muito.

As fake news profissionalizaram a mentira e alcançam efeitos muito além das lorotas do dia a dia. O mundo começou a dar atenção a essas fábricas de notícias falsas quando se deu conta de que há estrutura organizada para propagar manchetes mentirosas a serviço desse ou daquele interesse.

A imprensa internacional começou a usar o termo fake news durante a eleição de 2016 nos Estados Unidos, na qual Donald Trump tornou-se presidente. Naquele ano, uma análise do BuzzFeed News apontou que as notícias falsas sobre aquele pleito tiveram mais alcance no Facebook do que em matérias publicadas em 19 grandes veículos de comunicação, como os jornais “New York Times”, o “Washington Post” e a NBC News.

De lá para cá, o disparo de fake news tomou proporções mundiais, e, claro, chegou ao Brasil. Segundo estudo do Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação (Cetic.br), três em cada quatro brasileiros acessam a internet, o que equivale a 134 milhões de pessoas. Campo fértil para a distribuição de informações enganosas.

As notícias falsas estão no grupo de trabalho, do condomínio, da turma da faculdade, dos amigos, da família. O irreal encanta, impacta, mexe com os sentidos do interlocutor. Tratar desse mal é um desafio. É preciso entender que notícia é uma informação verificável e de interesse público. Precisamos disseminar notícias reais.

Vivemos tempos obscuros e dar asa à imaginação ajuda a aliviar a realidade que nos cerca. Talvez por essa razão o número de notícias falsas tenha crescido. Com esse desafio em mãos, empresas de todo o País têm discutido o tema em fóruns da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). A ideia é colocar o assunto em pauta, criar espaço e atingir a sociedade.

A desinformação é usada, seja de forma deliberada ou orquestrada, para confundir e manipular. Esses provedores atacam a vulnerabilidade de pessoas que nem sequer pensam no mal que estão fazendo. As fakes news estão enraizadas numa sociedade que repassa conteúdo sem analisar do que se trata, sem olhar para onde, que grita sem saber para quem. É hora de mudar. Já.

Breno Arêas é diretor do Capítulo Aberje Espírito Santo e gerente de comunicação da Unimed Vitória

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