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Economia

Pedidos de falência crescem e 1.536 empresas fecham


O número de empresas que pediram falência cresceu 30% no mês passado, na comparação com abril deste ano. No Estado, 1.536 empresas fecharam as portas de 1º de março a 15 de maio, época que coincide com o isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus.

As informações sobre os negócios encerrados no Espírito Santo foram divulgadas pela Junta Comercial do Estado (Jucees). Já os dados sobre os pedidos de falência se referem a todo o País e foram divulgados pela Boa Vista Serviços.

Imagem ilustrativa da imagem Pedidos de falência crescem e 1.536 empresas fecham
Lojas fechadas em Vitória: pandemia reverteu a redução no número de falências que ocorria desde 2017 |  Foto: Leone Iglesias — 23/03/2020



No Estado, das 1.536 empresas fechadas, as que mais abaixaram as portas foram as do setor varejista, de vestuário e acessórios, num total de 100 negócios encerrados.

Restaurantes e similares extintos ficaram em segundo lugar na lista, com 56 deles encerrando formalmente as atividades. Minimercados, mercearias e armazéns ficaram em terceiro, com 53 fechados.

No mesmo período do ano passado, 1.296 empresas suspenderam as atividades. De um ano para cá houve o aumento de 19% nas extinções de empresas.

Já o número de novas empresas abertas teve redução. Em 2020, foram 2.062 novos negócios registrados na Junta, enquanto em 2019 foram 2.453, ou seja, 391 novas empresas a mais que este ano.

O decreto determinando o fechamento do comércio no Estado, salvo alguns setores, teve início no dia 20 de março e começou a ser flexibilizado recentemente, o que impactou os negócios.

“Com os impactos econômicos causados pelo novo coronavírus, e como já observado na análise mensal, a tendência é que as empresas encontrem maiores dificuldades em dar continuidade ao movimento de queda nos pedidos de falência”, avalia a Boa Vista.

A companhia, que trabalha com informações de crédito e administra um banco de dados com mais de 130 milhões de empresas, se refere ao acumulado dos últimos 12 meses, em que os pedidos caíram 25% e as falências decretadas diminuíram 21,6%.

“Esse movimento estava atrelado à melhora nas condições econômicas apresentada entre 2017 e o início deste ano”, informou a companhia.

Findes cobra mais ajuda do governo

Com a crise que tem feito empresas adotarem medidas de redução de carga horária e salário, suspensão de contratos e demissões, o presidente da Federação das Indústrias (Findes), Leonardo de Castro, cobrou atuação do governo para preservar empresas e empregos.

Imagem ilustrativa da imagem Pedidos de falência crescem e 1.536 empresas fecham
Leonardo de Castro: pedidos |  Foto: Dayana Souza — 25/08/2019

“Enviamos na última semana uma série de pleitos ao governo do Estado, com quem temos tido um ótimo diálogo. No início da crise, em março, a Findes fez 23 solicitações, sendo que 16 foram atendidas integralmente e três parcialmente, restando quatro em análise. Agora, renovamos os pleitos.”

Ele afirma que, neste segundo contato, foram feitos 18 pleitos, nas áreas de crédito, tributos e obrigações e meio ambiente.

“Solicitamos, por exemplo, a postergação de recolhimento de ICMS, a prorrogação automática da validade de certidões como as certidões negativas de débitos e pedimos a antecipação de parcela do 13º do funcionalismo e inativos, para junho de 2020, como forma de estimular a atividade econômica”.

Castro também disse que poucas empresas foram atendidas pelo Fundo de Aval, criado para dar garantia a empréstimos de micro e pequenas empresas no Banestes. Foram 579 que conseguiram, no universo de 12 mil que tentaram.

A Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) informou que já foram adotadas medidas, “como a prorrogação dos prazos para cumprimento de obrigações acessórias relativas ao ICMS, a prorrogação por 90 dias do ICMS do Simples Nacional, bem como apresentação de impugnações e recursos, a prorrogação da validade de CND”.

O presidente do Banestes, José Amarildo Casagrande, disse que o banco já atendeu mais de 6 mil empresas. “Não só com crédito mas com reparcelamento e alongamento de dívidas. Foram mais de 1.200 empresas que tiveram alongamento de dívida, que totaliza cerca de R$ 314 milhões”, disse.

“A linha que criamos com o Bandes dando seis meses de carência já atendeu 1.300 empresas e já tem de recurso liberado R$ 137 milhões. Estão em análise para liberar nos próximos dias em torno de R$ 180 milhões para 700 empresas. Na linha do Fundo de Aval, começamos a liberar na semana passada”, ressaltou José Amarildo.


SAIBA MAIS


Cem lojas de roupas fechadas

Impacto econômico
> Empresas pedindo falência no Brasil aumentaram 30% em maio em comparação com abril, segundo dados da Boa Vista Serviços.

> Na análise acumulada em 12 meses, feita pela empresa que trabalha com informações de créditos, os pedidos de falência caíram 25% e as falências decretadas 21,6%.

> Conforme a Boa Vista, esse movimento estaria atrelado à melhora nas condições econômicas apresentada entre 2017 e o início de 2020. Agora, com os impactos econômicos causados pela Covid-19, a tendência é de que as empresas encontrem maiores dificuldades em dar continuidade a isso nos próximos meses.

Portas fechadas
> No Estado, dados da Junta Comercial do Estado mostram que de 1º de março a 15 de maio, 1.536 empresas fecharam as portas.Destas, as que mais fecharam foram as do setor varejista de vestuário e acessórios, 100 delas.

> Restaurantes e similares extintos ficaram em segundo com 56 e minimercados, mercearias e armazéns com 53 fechados. Lanchonetes, casa de chá, sucos e similares foram 45. Construtoras foram 29.

Fonte: Boa Vista Serviços e Junta Comercial.


ANÁLISE


"É preciso agir para evitar depressão" - Marcelo Loyola Fraga, economista

Imagem ilustrativa da imagem Pedidos de falência crescem e 1.536 empresas fecham
Marcelo Loyola Fraga, economista |  Foto: Divulgação

“Já vínhamos de uma crise muito forte, nos últimos anos. Com a pandemia e a obrigatoriedade de manter as empresas fechadas devido ao isolamento, a grande maioria das empresas está há três meses sem negócios, com as portas fechadas.

O governo incentivou de alguma maneira a manutenção dos empregos, com o pagamento de parte dos salários, e a partir de agora as empresas começam a trabalhar de forma mais lenta.

Se o governo federal e os estaduais não tomarem uma inciativa robusta de apoio a elas,  de concreto apoio, a situação tende a piorar e a gente entra em uma situação de depressão”.

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