Para Bolsonaro, só voto impresso impedirá fraude
O presidente Jair Bolsonaro está convencido de que há uma trama para fraudar a eleição presidencial de 2022, incluindo pesquisas que considera suspeitas, e acha que a única forma de impedir isso é a adoção do chamado “voto impresso”, que garante a recontagem em seções de votação sob suspeita de fraude na apuração.
Um dos argumentos contrários à medida aponta para os custos da impressão do voto, estimados em R$ 2,5 bilhões em um período de 10 anos.
Vai dar trabalho
O “risco” de judicialização de votações é a principal alegação do ministro Luis Roberto Barroso, presidente do TSE, contra voto impresso.
Começou a andar
O voto impresso ganhou força na Câmara, com a instalação da comissão especial para proposta de emenda da deputada Bia Kicis (PSL-DF).
Apoio fundamental
Em Maceió, diante de Bolsonaro, o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (P-AL), fez a defesa do voto impresso
Auditagem necessária
Para Arthur Lira, “o sistema de votação em urna eletrônica tem que ser passível de auditagem”, defendendo transparência total na apuração.
Vacinação: ritmo no Brasil é superior ao europeu
Depois de deixar o Reino Unido para trás no número total de doses de vacinas aplicadas na população, o Brasil começa a se aproximar da média de pessoas imunizadas nos países da União Europeia, incluindo Alemanha e França. Nos primeiros 125 dias, o bloco europeu já havia aplicado duas doses em cerca de 9% dos seus habitantes. Essa marca foi atingida ontem pelo Brasil, 117º dia da campanha nacional.
Dá para melhorar
Com relação percentual de pessoas que receberam ao menos uma dose, a União Europeia leva vantagem. Foram 20% lá contra 18% no Brasil.
Total geral
Em números absolutos, o Brasil aplicou 56,5 milhões de doses até ontem. No mesmo período, a União Europeia aplicou 125,05 milhões.
Uma semana antes
O Brasil imunizou 18,5 milhões de pessoas nesses 117 dias. Alemanha, França e Itália, que somados têm população similar, levaram 124 dias.
Sextou na quinta
O senador Omar Aziz (PSD-AM) formulou votos de “bom fim de semana” às 16h de ontem, ao encerrar a sessão da CPI da Pandemia. No Congresso, sexta-feira continua sendo fim de semana.
Com todas as letras
Ativismo e lacração não alteram o que disse à CPI Carlos Murillo, da Pfizer: o contrato só pôde ser assinado após o Brasil acatar a exigência de mudar a lei para blindar a empresa de ações judiciais.
Noção de geografia
O senador Jean Paul (PT-RN) citou “noção de Direito” para dizer que a Justiça acataria ações contra a vacina, anulando a blindagem da Pfizer. Talvez ele não saiba que isso só poderia ser feito em Nova York.
Guerra química
A certa altura, o senador Omar Aziz soltou uma de suas pérolas, ontem, na CPI: “Com esse negócio de guerra química, nós achávamos que era a China atacando aqui”. Se o sobrenome fosse Bolsonaro, virava notícia.
Recordar é viver
Em Maceió, quando passou diante de um grupo de bandeiras vermelhas que protestavam contra ele, o presidente Jair Bolsonaro abriu um largo sorriso de ironia enquanto rodopiava o polegar direito no meio da palma da mão esquerda, símbolo nacional de denúncia de ladroagem.
Mensalão, 16
O Mensalão do governo Lula completa 16 anos em junho. O escândalo que apurou a compra de votos de parlamentares no Congresso com dinheiro público, rendeu a prisão de Zé Dirceu e vários outros figurões.
Atenção ao investidor
O chanceler Carlos França conversou sobre cooperação, por telefone, com o colega italiano Luigi di Maio. A Itália é o 12º maior investidor no Brasil, cerca de US$ 17,4 bilhões. Há 1.400 empresas italianas no Brasil.
Na Coreia também
A Coreia do Sul registrou em 2020, pela primeira vez na História, mais mortes do que nascimentos. Foram 275,8 mil nascimentos de sul-coreanos contra 307,7 mil mortes em todo o país asiático ano passado.
Pensando bem...
...na CPI da Pandemia, holofote é oxigênio.
Poder sem pudor
Suplicy e a corda
Há alguns anos, o ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi conhecer o Círio de Nazaré, em Belém (PA). Com pose de atleta, ele se meteu a puxar a corda, ao lado de milhares de fiéis, e se deu mal, muito mal. O ex-deputado Babá (Psol-PA) relatou com graça a cena a que assistiu: “Suplicy foi ejetado em quinze minutos. A força na corda é descomunal.
Não por acaso, quando soube que a colega Heloísa Helena iria ao Círio, Suplicy advertiu: ‘Cuidado com a corda’...”
Colaboram: André Brito, Jorge Macedo e Tiago Vasconcelos