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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Os desafios do crescimento econômico brasileiro

| 28/01/2020, 07:32 07:32 h | Atualizado em 28/01/2020, 07:36

O bom desempenho que a economia brasileira experimentou entre 2003 e 2010 refletiu em grande medida o cenário internacional favorável aos países exportadores de produtos primários.

Tal circunstância sustentou, de certo modo, o incremento do nosso poder aquisitivo, a expansão dos programas de transferência de renda, a política de valorização do salário mínimo, a ampliação do crédito e do consumo doméstico.

A inusitada crise de 2008 e a consequente redução da demanda externa por produtos primários, todavia, reforçaram a ideia de que o crescimento de um país não deve estar alicerçado sobre exportação de commodities, urgindo-se, outrossim, investimentos em infraestrutura e transporte, no melhoramento do capital humano e na inovação tecnológica, com vistas a impulsionar sua capacidade produtiva.

Atualmente, no Brasil, em virtude das dificuldades inerentes à ampliação da taxa de investimento e as limitações à elevação das taxas de ocupação, o aumento da produtividade constitui alternativa factível para assegurar ao país crescimento econômico de longo prazo.

Isto, certamente, deveria ser um dos principais objetivos da política econômica. É irrecorrível que o Brasil tenha apresentado baixa produtividade, se comparado até mesmo com países em desenvolvimento, o que pode, no futuro, comprometer sua posição nas relações comerciais internacionais.

Diferentemente de países como Estados Unidos e Alemanha, em que o avanço do setor de serviços, em detrimento da indústria, está calcado em atividades mais intensivas em tecnologia da informação, no Brasil a mudança estrutural que se tem verificado nas últimas décadas tem transferido mão de obra da agropecuária e da indústria para setores de serviços não sofisticados.

Devido à alta intensidade tecnológica, as empresas estrangeiras têm produtividade 64% superior às empresas brasileiras.

No que concerne à agricultura, por exemplo, nos Estados Unidos, onde esta atividade representa 1,4% das ocupações totais, sua produtividade agrícola é mais do que vinte vezes superior à brasileira.

Consequentemente, de acordo com estudiosos como De Negri e Cavalcante (2014), a produtividade brasileira representa algo em torno de 25% a 26% da produtividade do trabalho nos países ricos e 50% em relação ao Leste da Ásia e Pacífico.

Outra questão importante para alavancar a competitividade do Brasil relaciona-se à necessidade de maiores investimentos visando melhorar a qualidade da educação. A escassez de profissionais qualificados em áreas como Engenharia, tem impactado negativamente a produtividade.

Outro ponto diz respeito ao aprimoramento das instituições e do ambiente de negócio, que no Brasil, em muitos casos, constituem verdadeiros obstáculos.

Quando alguém decide não abrir uma empresa por conta dos trâmites burocráticos, ou deixa de importar uma máquina por causa da demora para liberar os equipamentos na alfândega, tanto a economia quanto a sociedade saem perdendo.

Flávio Santos Oliveira é pós-doutorado em História

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