Onda de Solidariedade: Corrente do bem veio para ficar!
O momento de medo e incertezas provocado pela pandemia do novo coronavírus também despertou uma onda de solidariedade entre famílias e amigos que se unem para ajudar muitas pessoas.
Uma verdadeira corrente do bem que veio para ficar, segundo voluntários, e atende famílias em vulnerabilidade social, sobretudo as que perderam o emprego e estão tendo que se virar para comer e manter as contas em dia.
As lições vão desde a arrecadação de alimentos, roupas e produtos de limpeza a até gás de cozinha. Também há casos de voluntários que arregaçaram as mangas e partiram para a única forma de controle da disseminação do vírus que se tem até agora: a confecção de máscaras.
É o caso da diretora de Assuntos Comerciais de uma empresa fornecedora de gesso Toninha De Nadai, de 66 anos. Assim que começou a quarentena e se falou da necessidade do uso da máscara de proteção, ela tirou a máquina de costura do canto da casa e colocou para trabalhar.
“No início, não tinha como comprar tecido. As lojas estavam fechadas. Então, eu peguei uns jogos de lençol novos que estavam guardados, cortei e comecei a produzir as máscaras”, contou.
Toninha lembrou que duas amigas começaram a ajudar e, juntas, já produziram e distribuíram mais de oito mil máscaras.
“Primeiro, começamos a distribuir na nossa empresa, aos funcionários e a todos que chegavam por lá sem máscaras. Depois, enviamos para clínicas de hemodiálise, de radioterapia, quimioterapia, para a Paróquia Bom Pastor, em Vila Velha, e agora vamos mandar 500 para o Hospital Infantil de Vitória”, comentou.
Toda a família se envolveu na corrente de solidariedade. A filha de Toninha, a gestora de RH Fabiane De Nadai, de 40 anos, e seu genro, o gerente comercial Luciano Ximenes, de 41, ajudaram na distribuição das máscaras.
“A doação veio pela necessidade dos gesseiros que chegavam em nossa empresa para comprar produtos sem proteção. Eles não tinham acesso a máscaras e também não davam muita importância para a doença”, disse Luciano.
Roupas, alimentos e remédios para doar
A psicóloga Priscila Rodrigues, de 34 anos, e o teólogo Rodolfo Rodrigues, 35, são casados e já eram envolvidos com arrecadação de roupas, alimentos e remédios para imigrantes refugiados, no chamado Projeto Ninho.
Com a pandemia, as doações se intensificaram e ficaram mais frequentes. Rodolfo é quem faz a mobilização.
“É muito bom trabalhar com meu marido porque nos entendemos bem, e o trabalho em equipe funciona. É alguém em quem confio também, então facilita o trabalho. O tempo gasto com as atividades fica ainda mais gratificante”, salientou Priscila.
Doces para os profissionais da saúde
O casal de empreendedores Fernanda Cardoso, de 34 anos, e Diogo Wandenkoken, de 38, produz e vende pudins.
Eles decidiram usar a fonte de renda para adoçar a vida dos profissionais de saúde que trabalham na linha de frente do combate ao coronavírus no Hospital Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, cidade onde moram e trabalham.
Doaram os doces e fizeram a alegria de cerca de 60 profissionais.
“Nós nos colocamos no lugar deles e, olhando o movimento do hospital, decidimos entregar os pudins. Não poderíamos ficar de braços cruzados”, disse Fernanda.
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