O novo normal
Depois da euforia, a depressão. O maciço engajamento na luta pelo direito de transmissão dos jogos do time no Carioca, deu a torcida do Flamengo a impressão de que a vida no reino encantado da internet seria um oásis de paz, harmonia e fartura. Mas não é bem assim. O clube precisa repor as receitas que não virão mais da detentora dos direitos de transmissão e, com os estádios fechados, remediar a queda na bilheteria.
E aí a decisão da diretoria de cobrar R$ 10 pelo acesso às imagens da partida desta tarde contra o Volta Redonda, no Maracanã, pela semifinal da Taça Rio, gerou revolta e redução e queda no número de inscritos no seu próprio canal.
Sentimento
Um sentimento fora de hora. Porque, neste momento, toda a cadeia do futebol observa atentamente a opção dos dirigentes do Flamengo de fazer do clube um desbravador do novo mundo: coirmãos, federações, mercado publicitário e canais de TV aberta, a cabo ou por 'streaming'.
Até jogadores. Porque o fiel da balança nesta discussão toda será o comportamento do público diante de uma nova forma de consumir o conteúdo esportivo. E é neste aspecto que reside a insegurança de todos.
Desconforto
Estará o consumidor brasileiro acostumado com o desconforto que a internet ainda nos causa? Será possível alcançar a capilaridade que a TV Globo oferece?
A ideia de que os jogos pela FlaTV ou pelos canais dos mandantes seriam ou serão custeados por patrocinadores ou doadores apaixonados gerou a falsa impressão de que os clubes de futebol estão diante de uma mina de ouro. E não é bem assim.
Adequação
A falta de um prazo para a adequação e estudo deste novo normal talvez tenha sido o maior problema causado pela MP 984, decreto que muda o direito de transmissão das partidas. E como não se trata de almoço grátis, alguém terá de pagar a conta. Adivinha quem?