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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

O fim das muletas...

| 28/10/2020, 09:15 09:15 h | Atualizado em 28/10/2020, 09:17

Miguel Ramirez, Quique Setién, Sebastian Beccacece, Gabriel Heinze e Ariel Holan. Thiago Nunes, Roger Machado, Vanderlei Luxemburgo, Ney Franco e Mozart. A frustração dos executivos do Palmeiras se confunde com a angústia dos dirigentes do Coritiba. Os dois clubes interromperam o trabalho com seus treinadores no decorrer da temporada e agora encontram dificuldades para remontar a estrutura.

Os nomes citados acima foram sondados pelos dois clubes e, de uma forma ou de outra, não obtiveram acordo. Um sinal claro de que algo precisa ser modificado na cultura do futebol brasileiro.

E é bom que os torcedores estejam atentos. Porque quando os radicais se aliam aos intransigentes na cobrança do resultado de curto prazo acabam induzindo seus dirigentes a uma tomada de decisão que pode significar prejuízos técnico e financeiro.
Falta de critérios

A falta de critérios dos clubes para a realização de trabalhos estruturados é um dos sintomas do atraso do futebol brasileiro neste século.

A má fama atravessou os mares e a estimativa da vida útil de um treinador por aqui, que na última década era de quatro meses, hoje possui números oficiais levantados por pesquisadores da Universidade do Esporte de Colônia, na Alemanha, que se propuseram a estudar tal fato.

Coordenada pelo brasileiro Matheus Galdino, mestre na ciência do esporte, a pesquisa levantou dados das 16 últimas edições do Brasileiro para aferir o impacto trazido pelas mudanças da troca de comando nos clubes.

E comprova em suas 26 páginas que a troca do comando, por si só, não traz eficácia desportiva. Um desfecho fundamental para quem ainda têm dúvidas sobre a necessidade da construção da identidade metodológica.

Trocas

Os números extraídos com base científica mostram que houve 594 trocas de comando entre as edições de 2003 e 2018, com 41 clubes movimentando 264 treinadores em 6.506 partidas oficiais do Brasileiro.

Em média, 37 mudanças por temporada — marca que é de 7,7 na Premier League, e de 7,3 na Bundesliga. O tempo médio de permanência de um treinador durante o campeonato é de 65 dias — se for estrangeiro, 70.

O estudo conclui que os técnicos precisam de um mínimo de sete jogos para chegar a 31% de chances de vitória ao assumir o time durante a competição - 40% para o empate. Ao que parece, os mais conceituados tiveram acesso a estes dados e já não se deixam ser usados como muletas para o final da caminhada...

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