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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

O desconfortável soluço

| 01/09/2020, 08:58 08:58 h | Atualizado em 01/09/2020, 09:00

O incômodo soluço surge em situações e momentos mais impróprios. Trata-se de uma contração vigorosa e involuntária do diafragma, músculo responsável pela inspiração e que separa o tórax do abdômen.

Esse espasmo faz com que o ar entre nos pulmões a uma velocidade muito maior que o normal, seguido pelo fechamento súbito da glote, que produz o som característico do soluço.

Como o diafragma e o nervo frênico estão localizados acima do estômago, qualquer alteração nesse órgão pode prejudicá-lo. Por essa razão, quando alguém exagera na alimentação, ingere bebidas quentes, geladas ou gasosas, o estômago dilata e pode provocar irritação no frênico, que faz com que o diafragma se contraia.

O soluço resulta de uma espécie de erro na sincronia do diafragma com a glote. O barulho desagradável é provocado pelas cordas vocais, que vibram com a passagem do ar.

Em alguns casos, o soluço é produzido por outros fatores, como acontece em algumas patologias da vesícula biliar, do esôfago, do estômago, ou até decorrente de uma pneumonia na base dos pulmões, pois são órgãos que podem afetar o diafragma.

Quando um soluço torna-se demorado, é preciso procurar orientação médica para a realização de exames. Crises longas estão associadas ao refluxo esofágico ou a algo que irrite o nervo frênico, como inflamações no ouvido ou na garganta e tumores cerebrais.

O soluço também pode ter origem em alterações metabólicas causadas por alcoolismo ou diabetes não controlado, além de doenças do sistema nervoso central, como meningite, por exemplo.

Soluços persistentes e intratáveis podem gerar desnutrição, emagrecimento, insônia, cansaço e estresse, interferindo negativamente na qualidade de vida do indivíduo.

Acredita-se que o soluço também tenha alguma função fisiológica, como acontece no bebê, exercendo algum tipo de exercício respiratório.

Soluços episódicos desaparecem espontaneamente e não precisam de nenhum tipo de avaliação ou tratamento. Contudo, aqueles que persistem por mais de dois dias precisam ser investigados.
Desencadeado por espasmos breves e momentâneos, devido a movimentos incontroláveis do diafragma, o soluço vem acompanhado por um ruído emitido pela boca. Os soluços podem ser benignos, persistentes ou refratários.

Diante desse incômodo sintoma, procedimentos corriqueiros, como beber água, apertar os olhos, massagear o plexo cervical localizado ao lado do pomo de Adão ou não respirar pelo maior tempo possível são realizados.

Em alguns casos, como acontece em pacientes com espasmos digestivos, convulsões ou crises nervosas, torna-se necessário a utilização de medicamentos.

Soluços crônicos são geralmente efeitos de alguma doença. Nesses casos, trata-se a doença causadora do soluço.

Chorar também pode provocar soluços. O pranto muda a forma como respiramos, fazendo com que a inspiração fique mais rápida e curta, produzindo contração do diafragma. Banhado em lágrimas, o soluço rompe o silêncio do sofrimento.

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