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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

O “caso Diniz”

| 10/01/2021, 12:14 12:14 h | Atualizado em 10/01/2021, 12:15

“Seu ingrato do c..., seu perninha do c..., seu mascaradinho. Vai se f...”. As palavras de Fernando Diniz dirigidas ao meia Tchê Tchê, seu jogador no São Paulo, na derrota por 4 a 2 sofrida para o Red Bull Bragantino, continuam dando o que falar. Marcos Silva, psicólogo da área esportiva, disse na sexta-feira ao EXTRA/Globo que à luz das relações profissionais “houve, sim, exagero” da parte do treinador.

Diniz e Tchê Tchê “emergiram” para prateleira mais alta no futebol brasileiro com a surpreendente campanha do Audax de 2016, vice-campeão paulista, onde técnico e jogador se sobressaíram junto a participantes daquela jornada. Mas Diniz, por suposto, deve se ver com créditos a receber. Não sei. Sei que o destempero com a arbitragem logo após o empate com o Grêmio, numa das semifinais da Copa do Brasil, diz muito sobre o momento.

Ouvi pessoas que conhecem Diniz dentro e fora do ambiente de trabalho para tentar entender de onde vem este comportamento irascível à beira do campo. E, pelo que depreendi, a necessidade de ser visto como vencedor incomoda o treinador que lidera o Brasileiro.

O Fernando Diniz formado em psicologia pela Universidade São Marcos, em São Paulo, sempre se mostrou exigente, competitivo e incansável na automação de suas ideias de jogo. Mas destempera agora com facilidade e “erra na mão” com mais frequência - resvalando nos ataques pessoais e no assédio moral a subordinados, trato percebido com a ausência de público nos estádios.

Aqueles que o conhecem melhor se dividem entre os que se preocupam com a extrema necessidade de ele se firmar no competitivo e injusto mercado, e os que minimizam a ira do treinador, atribuindo o exagero à relação nada convencional de Diniz com os jogadores que dirige.
E até citam como exemplo o bate-boca entre ele e o lateral Gilberto, em 2019, quando se encararam à beira do campo, no Maracanã, após o gol de empate do Flamengo num jogo em que o próprio Gilberto havia aberto o placar para o Fluminense.

A discussão foi retomada no vestiário, testa com testa, jogador e técnico se desafiando mutuamente, fora de controle... Até que os ânimos foram serenados e a relação se renovasse, com mais carinho entre ambos.

Ou seja: ficou tudo bem, como se espera que fique agora com Tchê Tchê. No entanto, o desequilíbrio de Diniz parece refletir a pressão sobre o líder São Paulo que perdeu três e venceu dois dos últimos seis jogos.

E este é o fio de esperança no qual os rubro-negros deviam se agarrar na luta pelo título do Campeonato Brasileiro.

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