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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Nossa memória imunológica

| 26/05/2020, 06:38 06:38 h | Atualizado em 26/05/2020, 06:39

Quase ninguém se recorda da última vez em que ficou doente por conta de uma infecção microbiana, mas o sistema imune lembra bem desse momento da vida, assim como de vários outros anteriores.

Isso é possível graças à nossa memória imunológica. Existem dois tipos de respostas imunológicas: inatas, que constituem a primeira linha de defesa do organismo e têm caráter generalista, isto é, reconhecem substâncias compartilhadas por grupos de microrganismos; e adaptativas, que formam a segunda linha de defesa do corpo e apresentam caráter especialista, ou seja, reconhecem substâncias particulares de diferentes microrganismos.

As reações imunes inatas respondem prontamente contra os microrganismos e são formadas por um grupo bastante variado de células de defesa, tais como neutrófilos, macrófagos, entre outras.

Por outro lado, as respostas imunes adaptativas levam um tempo para serem montadas e são compostas por um grupo mais limitado de células de defesa, conhecidas como linfócitos. Dessas duas classes de imunidade protetora contra microrganismos, aquela que chamamos de adaptativa é a que apresenta a propriedade de memória imunológica.

As células do sistema imunológico são extremamente organizadas, tendo cada uma sua função específica. Se o organismo entrar em contato com qualquer agente infeccioso, ele desenvolverá linfócitos especiais, que são chamados de células da memória, capazes de reconhecer esse agente infeccioso. Essas células permanecem em nosso organismo pelo resto da vida, mesmo sem termos nenhum tipo de contato com esse agente infeccioso.

Se tivermos contato com um agente infeccioso e se este for reconhecido pelas células de memória, os linfócitos deverão se reproduzir, com o objetivo de debelar os elementos da infecção. Esses agentes, portanto, serão descartados do organismo sem que tenham causado prejuízo.

Quando somos expostos a um agente causador de uma doença, desencadeamos uma resposta do nosso sistema imune. Nessa ação, temos a formação de células de memória, as quais podem sobreviver por vários anos. Quando somos expostos novamente à mesma ameaça, a resposta do nosso sistema imune é ainda mais rápida e mais forte, devido à ação dessas células de memória. O sono também é capaz de reforçar as memórias imunológicas de encontros passados com agentes patogênicos.

A memória imunológica é o motivo pelo qual as vacinas são tão eficientes. Nelas, um organismo, morto ou atenuado, causador da doença, é inoculado em uma pessoa, estimulando, desse modo, seu sistema imune. Se esse indivíduo tiver outro contato com esse mesmo agente, seu sistema imune responderá de forma rápida, evitando a infecção.

Raramente pensamos no sistema imunológico, mas a sua prodigiosa memória nunca deixa de lembrar-nos dos riscos que esquecemos. Recordar é viver!

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