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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Nos 50 anos do Tri, temos pouco futebol e muita maracutaia

| 27/06/2020, 07:59 07:59 h | Atualizado em 27/06/2020, 08:05

Nesta semana comemoramos o aniversário de 50 anos do Tri. A Copa do Mundo do México, realizada em 1970, foi emblemática! O futebol brasileiro da época era inigualável, fazendo com que nossa seleção terminasse a campanha com seis vitórias, em seis jogos.

Como já havíamos sido campeões em 1958 e em 1962, o título de 1970 nos deu a posse definitiva da taça Jules Rimet. Na ocasião a Seleção Brasileira foi o primeiro time a ter 100% de aproveitamento nas Eliminatórias e na Copa do Mundo.

Também fomos os primeiros a conquistar o tricampeonato. Tínhamos muitas razões para nos orgulharmos!

O jogo da final, contra a Itália, aconteceu no dia 21 de junho. Mais de 107 mil pessoas acompanharam, no Estádio Azteca, na Cidade do México, os gols de Pelé, Gerson, Jairzinho e Carlos Alberto. Bonisegna marcou o gol de honra da Itália.

O desempenho do Brasil, na época, impressionou tanto, que a FIFA dedicou mais da metade do estudo técnico (realizado pela entidade após cada mundial) à Seleção Canarinho.

Ficaram impressionados com nossa preparação física e adaptação à altitude. Em determinado trecho do relatório a FIFA afirma: “Nenhum outro país chegou perto de igualar a abrangência e extensão do programa de treinamento e jogos de preparação do Brasil.”. Fomos altamente profissionais e o resultado, como é de se esperar nesses casos, veio.

Infelizmente, 50 anos se passaram desde aquele feito e nosso futebol, a exemplo de outras tantas coisas, tem definhado a cada dia. É bem verdade que depois do Tri, já carregamos a taça por outras duas vezes (1994 e 2002), no entanto, é fato que o profissionalismo e o comprometimento têm diminuído a cada dia.

No dia 19/12/1983, 13 anos depois do Tri, a taça Jules Rimet foi roubada do edifício da CBF, no Rio de Janeiro. Nunca mais foi encontrada. Ao que tudo indica, os ladrões a derreteram para vender os quase 4 kg de ouro, prata e pedras preciosas.

Fato interessante é que em 1966 a taça chegou a ser roubada e recuperada dias depois. Os fatos aconteceram em Londres e reza a lenda que um dos assessores da CBF, na ocasião, chegou a afirmar que o roubo da taça era um sacrilégio que jamais aconteceria no Brasil, onde até mesmo os ladrões eram apaixonados por futebol. Errou feio!

Momentos históricos que tanto nos encheram de orgulho têm ficado cada vez mais raros e cada vez num passado mais distante.

Por outro lado, temos, a cada dia, nos superado em falcatruas de todos os tipos. O roubo da taça, que tanto significou para nós brasileiros, é apenas um dos exemplos que nos enche de vergonha e indignação.

Apenas a título de ilustração, notícias recentes apontam uma estimativa de que cerca de 1,5 bilhão de reais que deveriam ser gastos no combate à pandemia já foram surrupiados por corruptos. O País que já foi exemplo no futebol, hoje é o rei da maracutaia.

Ou nos transformamos como indivíduos e sociedade, ou a vergonha que passamos ao tomar de 7, jogando em casa, será apenas uma gota d’água num oceano de desonestidade e desesperança.

Eugênio Ricas é adido da Polícia Federal nos Estados Unidos.


 

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