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Colunista

Folha de São Paulo

No limite

| 22/03/2020, 10:02 10:02 h | Atualizado em 22/03/2020, 10:06

A crise do coronavírus já é considerada um divisor de águas no caminho de Jair Bolsonaro. Na avaliação de parlamentares, de integrantes da cúpula do Judiciário brasileiro e de governadores, o presidente perdeu o poder de governança.

Além da sua condução até agora ter sido vexatória, a percepção é de que os principais pilares de sustentação de Bolsonaro, a polarização com o PT e a melhora da economia, desmoronaram. O alerta de desembarque já soou entre aliados de ocasião.

Segura - Se não falam sobre impeachment, ao menos até agora, os que assim avaliam o governo já tratam abertamente de uma mudança do cenário eleitoral pra 2022. Até antes da crise, mesmo com a perda de popularidade no primeiro ano de Bolsonaro, as previsões políticas davam conta de que seria difícil tirá-lo de uma reeleição.

Autoisolamento - Os que fazem essa análise lembram os feitos do presidente no último mês: convocou atos que eram contra o Congresso e o STF, chamou o coronavírus de fantasia e histeria, participou dos protestos mesmo contra recomendações e com suspeita da doença, culpou a mídia, declarou guerra a governadores e, por fim, ainda conseguiu brigar com a China e com o agronegócio.

Oi? - No meio disso, quando já tinha sido confirmada a primeira morte no Brasil, ainda passou recibo de estar com ciúme do protagonismo de seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pedindo à imprensa que lembrasse dele como comandante do time de ministros.

Carinho - Numa tentativa de reduzir o mal-estar provocado pelo pedido de retirada de R$ 1,6 bilhão da Educação, o procurador-geral, Augusto Aras, telefonou para o ministro Abraham Weintraub. Ele se comprometeu, segundo relatos, a compensar a pasta com o dinheiro das próximas multas de corrupção.

Carinho 2 - A Procuradoria propôs na quinta (19) que o dinheiro – pago pela Petrobras e hoje no MEC – seja redirecionado para o combate ao coronavírus.

Tabelinha - Materiais de segurança prometidos pelo Ministério da Saúde estão com entrega atrasada. A pasta se comprometeu com órgãos, entre eles a Polícia Federal, para uso nos aeroportos, de enviar os itens até o dia 15 de março. Os equipamentos vêm da China.

Rede - Críticos do que veem como inação dos governos diante do possível avanço do coronavírus, o G10 das favelas, bloco que reúne lideranças dessas comunidades pelo país, elaborou estratégia própria para se organizar contra a pandemia.

Quem manda - Em Paraisópolis, por exemplo, na zona sul de SP, onde moram 100 mil pessoas, 420 voluntários cuidarão de 50 casas cada um, e serão conhecidos como os "presidentes das ruas". O modelo será replicado em favelas como Heliópolis, em SP, e Rocinha e Alemão, no RJ.

Nós - Eles serão responsáveis por pedir que as pessoas fiquem em suas casas, passar instruções de higiene e entregar mantimentos, que chegarão em carros com sirenes, que soarão para avisar o momento da recepção e da distribuição de alimentos.

Vida real - A notícia de que o deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) está com coronavírus levou pânico para o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). O parlamentar esteve em reuniões no local antes de ter o resultado e, depois, os funcionários não foram liberados. O problema é que a maioria é terceirizado e não há regras específicas para esse tipo de regime.

Regras - Os órgãos dizem não ter amparo jurídico para liberar os contratados. Há ainda relatos de que as empresas estão descontando o vale-alimentação e transporte dos terceirizados. O Ministério da Economia avalia editar uma nova norma para regular a situação.

Sono pesado - O comandante-geral da PM de SP, Fernando Alencar Medeiros, está dormindo no quartel há uma semana, por causa da crise. Ele assumiu o cargo no começo do mês. O antecessor renunciou por não concordar com o afastamento dos PMs envolvidos na ocorrência do baile funk de Paraisópolis.

TIROTEIO

"O morador de favela está abandonado, não tem home office nem álcool em gel. Não tem política de Estado para salvar a favela."

De Gilson Rodrigues, coordenador-geral do G10 Favelas, sobre a falta de propostas para frear a ampliação da crise do coronavírus nas favelas.

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