Na mira
Após as tumultuadas mudanças no início da gestão de Paulo Maiurino na Polícia Federal, delegados apontam para a superintendência de Pernambuco como um possível foco de tensão para os próximos dias.
Duas investigações em andamento no estado miram a família do líder do governo de Jair Bolsonaro no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). A operação Contrassenso, deflagrada na terça (13), fez buscas na Prefeitura de Petrolina, comandada por Miguel Coelho, filho de Bezerra.
Calcanhar
A investigação mira desvios em contratos da área de educação. Um dos alvos é Felipe Costa, assessor especial na cidade e chefe de gabinete de Miguel em seu mandato como deputado estadual.
Cerca
O líder de Bolsonaro e o irmão de Miguel, Fernando Filho, são alvos de outra apuração, que está prestes a ser concluída. A PF se debruçou sobre a delação de agiotas que indicaram repasses de valores de construtoras com contratos com o governo federal para Bezerra, à época ministro da Integração Nacional no governo de Dilma Rousseff (PT).
Lembra
A superintendência de Pernambuco foi uma das citadas por Sergio Moro em suas justificativas para se demitir como alvo de interesse de Bolsonaro pela troca de comando, assim como a do Rio.
Pula
O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou ao ministro Dias Toffoli que não deve prosperar a ação dos governos da Bahia e do Maranhão contra Bolsonaro, na qual o acusam de disseminar fake news nas redes sociais sobre valores repassados a estados na pandemia.
Longe
Aras disse que não é qualquer controvérsia que legitima a atuação do Supremo e, por isso, o caso deve ser remetido à Justiça Federal de São Luís do Maranhão. Os governos pedem a exclusão ou correção da postagem de 28 de fevereiro na conta do presidente da República no Twitter.
Pop
Criticada pela compra por R$ 3,2 milhões dos direitos de reprodução de "Os Dez Mandamentos", da TV Record, a EBC diz que as primeiras semanas de exibição da novela renderam 25% de aumento na audiência da TV Brasil na faixa horária em relação a 2020.
Ibope
A EBC fala em picos de audiência de 1,64, 1,07 e 0,66 nas praças DF, RJ e SP, segundo dados atribuídos à Kantar Ibope. No DF, cada ponto equivale a 9.600 domicílios, no Rio, 50 mil, e na Grande SP, 76 mil.
“Tic Tac”
Secretários de Saúde criticam o que veem como demora na atualização do painel de vacinação do Ministério da Saúde, que divulga quantas doses de imunizante contra a Covid-19 foram aplicadas.
Buraco
Ontem, o site mostrava 37.846.525 doses aplicadas, enquanto a soma dos números das secretarias registrava 41.468.622 já na noite do sábado (24). A pasta diz que o sistema é alimentado por estados e municípios e atualizado a cada quatro horas.
Cangote
Os secretários afirmam que têm sido pressionados pela população, que toma os números do ministério como base. Eles veem possível motivação política no atraso para fortalecer a narrativa de Bolsonaro de que tem entregado vacinas e elas não tem sido dadas. Auxiliares do ministério rebatem: há governadores demorando para enviar dados para prejudicar o presidente.
0800
O governo do Maranhão solicitou a Oi, Tim, Vivo e Claro que liberem no estado o uso de WhatsApp para telefones pré-pagos por seis meses mesmo que estejam sem créditos. Sem o auxílio emergencial, o desemprego e a fome dispararam, diz Simplício Araújo, secretário da Indústria.
Contato
Ele afirma que o aplicativo é útil para cadastro em programas de auxílio e para o acesso a oportunidades de trabalho e que as empresas ficaram de estudar o pedido.
Veto
O Ministério da Justiça negou o pedido do governo João Doria (PSDB) de cessão do delegado da PF Joaquim Mesquita para ocupar a presidência do Metrô de São Paulo.
Passado
O ministério se recusou a ceder Mesquita com base em portaria de 2013 que prevê que só deve fazê-lo caso o cargo tenha relação com segurança pública. Alexandre Baldy, secretário dos Transportes, respondeu que há uma portaria de 2019 que mostra que esse vínculo não é necessário e aguarda retorno da pasta.
Tiroteio
“Não sei se é uma homenagem que os deputados resolveram fazer pelas mortes que o negacionismo dele ajudou a acontecer”.
De Arthur Virgílio Neto (PSDB), ex-prefeito de Manaus, sobre a concessão de título de cidadão do Amazonas para Jair Bolsonaro.