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Coluna do Estadão

Coluna do Estadão

Colunista

Estado de São Paulo

Muitos flancos e uma retaguarda: o Centrão

| 13/05/2020, 07:37 07:37 h | Atualizado em 13/05/2020, 08:50

Um aspecto da atual crise política (descontada a pandemia) é capaz de tornar a vida de Jair Bolsonaro ainda mais complicada do que a de seus antecessores, também fustigados por tempestades quando estavam na Presidência:

agora, as nuvens negras avançam em muitas frentes, várias no STF, onde, além do inquérito sobre as acusações de Sergio Moro, existem ainda apurações tocadas por Alexandre de Moraes (ataques à democracia e gabinete do ódio) e a ocultação dos exames do Presidente. Muitos flancos desprotegidos para pouca retaguarda.

Fechando... Diante do perigo, a estratégia do governo federal é concentrar forças no ponto onde todos os furacões devem convergir futuramente: o Congresso.

...a casinha. Fica cada vez mais claro o motivo dos movimentos mais recentes. A coluna apurou que pelo menos dez ministérios, ou seja, praticamente metade da Esplanada, têm cargos em negociações com partidos do Centrão.

Cálculo. No melhor dos mundos para o governo, ele espera ter entre 200 e 250 votos no Congresso, o suficiente para manter Bolsonaro na Presidência até o fim do atual mandato.

Coxia. Líderes do Centrão preferem os cargos de segundo e terceiros escalões porque poderão deter muitos recursos sem precisar mostrar a cara no governo. Ainda não há 100% de confiança de nenhum dos dois lados.

Pega mal. Os novos aliados de Bolsonaro avaliaram que o conteúdo do vídeo da famosa reunião ministerial, se for confirmado, pode gerar constrangimentos.

Pega mal II. Esses deputados evitaram tecer comentários sobre o episódio, mas demonstraram preocupação em privado. Porém, ele não deve, por enquanto, enfraquecer a amizade entre o grupo e o governo.

Contra a grilagem. Apresentada pelo deputado Vinícius Poit (Novo-SP), emenda à MP da regularização de terras estipula pena de cinco anos de reclusão e multa para quem apresentar declaração falsa para a regularização fundiária de terras da União e do Incra. A mudança pode ajudar a viabilizar a votação.

Alerta. O vídeo da surpresa de Nelson Teich ao ser informado do decreto de Jair Bolsonaro classificando como serviços essenciais salões de beleza e academias viralizou também entre secretários de Saúde.

Alerta II. Apesar da gestão de Teich na Saúde não ser vista como operante e eficiente, secretários entendem que, sem ele, a pasta poderia parar de vez.

Relax. Ao menos por enquanto, no entorno do ministro, não há qualquer expectativa de confronto dele com o Presidente.

Repulsa. O Observatório Judaico dos Direitos Humanos no Brasil “Henry Sobel” repudiou o uso pela Secom de Bolsonaro de frase análoga ao tenebroso “arbeit macht frei” (“o trabalho liberta”), lema nazista.

Repulsa II. “Essas manifestações mereceram o repúdio da sociedade civil, no Brasil e no exterior.” O observatório cita o Talmud: “Todo lugar só é bom para os judeus se for bom para todos os que o habitam”.

CLICK. Enfermeiros fizeram ato em Brasília pelas vítimas da Covid-19 e em defesa da saúde. Usaram um boneco de Jair Bolsonaro com as mãos sujas de sangue.

Bombou nas redes!

Sobre o vídeo da reunião ministerial

"Ainda que a tal reunião venha a confirmar o show de horrores que vem sendo anunciado, crime, ao que tudo indica, não há. E inquérito apura crime”.

Janaína Paschoal, deputada estadual (PSL-SP)

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