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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Mobilidade e dinâmica econômica que desejamos para a capital

| 17/03/2020, 06:52 06:52 h | Atualizado em 17/03/2020, 06:55

Um grande desafio para os próximos gestores municipais é o estrangulamento viário que Vitória está em vias de enfrentar, caso não sejam adotadas providências rápidas e mais amplas que aquelas implementadas até o momento. Gostaria de contribuir um pouco mais para o debate, apresentando a minha visão sobre o tema.

Há um desafio de mobilidade imenso a ser enfrentado, pois a cada dia está mais difícil driblar os constantes engarrafamentos das principais vias.

Mas é importante lembrar também que algumas intervenções estão sendo realizadas no sentido de ampliar as conexões na Região Metropolitana.

Vejamos. O alargamento da Terceira Ponte, com pelo menos mais uma faixa em cada sentido, anunciado pelo governo do Estado; o Portal do Príncipe, que visa ampliar o fluxo de veículos no acesso sul da cidade; a eliminação de uma intersecção semafórica na Reta do (antigo) Aeroporto, à altura do Apart Hospital, incrementando o fluxo de veículos no acesso norte; a adequação da Avenida Vitória, e o plano da reimplantação do modal aquaviário.

Todas essas intervenções irão impactar profundamente o trânsito em Vitória.

Entretanto, é importante lembrar que essas operações por si só não resolvem o problema. Perpassa também pelo perfil de dinâmica econômica que desejamos dar à nossa cidade, pois corremos o risco de deixá-la capenga e apenas mudar os “nós viários” de lugar.

Isso porque, com a concentração de inúmeras instituições e empreendimentos na região das praias, corremos o risco de cometer equívoco semelhante ao de tempos passados, quando concentramos toda a vida econômica e social no centro da cidade, criando um fluxo cada vez maior que as vias não tinham como sustentar.

Resultado? Caos no trânsito e forte deterioração da qualidade de vida naquela região.

Esse é o fenômeno que começamos a perceber em relação à região das praias, em especial àquela situada entre Bento Ferreira e Praia do Canto, que já não comporta o crescente fluxo de veículos e pessoas, criando gargalos de mobilidade.

Acredito que, além das intervenções viárias, devemos ter em mente outras estratégias de distribuição do fluxo de veículos e pessoas, de forma a descentralizar polos comerciais e desviar a demanda para áreas menos congestionadas da nossa cidade, aproveitando melhor os espaços e a distribuição de vagas para estacionamento, por exemplo, entre outras vantagens.

Aproveitar melhor os espaços do Centro, requalificando-o, fomentar o comércio local nos bairros e apostar em vias com alternativas de transporte, como ciclovias e faixas exclusivas.

Isso fará com que o fluxo de veículos e de pessoas seja melhor distribuído por todas as áreas do município, preservada aí a vocação de cada uma delas, a fim de proporcionar melhor fluidez e mobilidade urbana para o dia a dia do cidadão.


Halpher Luiggi é engenheiro civil, especialista em Logística de Transportes e membro da Sociedade Espírito-Santense de Engenheiros.

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