Minhas impressões
É muito provável que a celeuma criada em torno da realização da Copa América no Brasil, com críticas à postura da comissão técnica e dos jogadores, possa fortalecer o trabalho do técnico Tite. Ao menos, no plano mental.
Porque as principais seleções do continente usarão o torneio para ajustar os times que lutam por vaga na Copa do Mundo e o único a ser cobrado por suas atuações é mesmo o do Brasil. Ainda mais tendo a oportunidade de assistir os jogos das seleções que disputam a Eurocopa.
A vitória da Seleção por 3 a 0 no jogo de estreia, sobre uma Venezuela desfalcada pela contaminação da Covid, não teve brilho ou exuberância.
Mas mesmo sendo mero protocolo, deve ter ajudado na consolidação de algumas ideias.
Enquanto isso, em nossas demandas internas, o Flamengo vai mostrando que, mesmo sem os craques estão na Copa América, continuará sendo o time a ser perseguido pelos candidatos ao título.
Flamengo 2 x 0 América/MG
Ótima atuação do time dirigido por Maurício de Souza, “substituto” que obteve sua oitava vitória em doze jogos à frente do time principal. Um Flamengo sólido, com Gerson, Diego, Vitinho, e Filipe Luís tomando conta da armação do jogo, e Bruno Henrique, Rodrigo Muniz, Michael e Matheuzinho se oferecendo como flechas. Tudo muito justo, de forma a facilitar o trabalho da dupla de zaga Arão e Rodrigo Caio.
Botafogo 3 x 0 Remo
O time de Marcelo Chamusca fez uma partida tranquila e se impôs com naturalidade – o que não quer dizer facilidade. Nem brilho. Mas eficiente, na medida certa.
A remontagem de elenco sem dinheiro para escolher os melhores necessita de tempo, mas já se vê organização e competitividade. A vitória em Volta Redonda foi a terceira na série de quatro jogos sem derrotas. E isso fortalece a confiança.
Brasil de Pelotas 1 x 2 Vasco
Outra atuação deprimente, atenuada com uma virada de placar em dois lances isolados. Marcelo Cabo se equivocou na escalação e não conseguiu levar a campo um time coeso. As linhas foram batidas facilmente e faltou lucidez no meio-campo. Mexeu bem, e com Riquelme, Juninho, Morato e Daniel Amorim virou o jogo a oito minutos do final. O Vasco não tem liderança em campo e equilíbrio no comando.