Minhas impressões
A goleada do Flamengo no Pituaçu caiu como uma luva na pretensão da diretoria rubro-negra com vistas à venda de ingressos da partida contra o Defensa y Justicia, quarta-feira, em Brasília. A expectativa é vender os 18 mil ingressos que serão colocados à venda, mas a cobrança é pelo “erro zero” na logística de acesso dos torcedores ao estádio - seja lá quantos forem.
O êxito na operação será utilizado por Rodolfo Landim para pressionar a CBF na reabertura das bilheterias do Brasileiro. Vejamos…
Bahia 0 x 5 Flamengo
Atuação irretocável, ao nível que se espera do time quando pode contar com as opções de qualidade que o elenco oferece. Os jogadores voltaram a recuperar a bola no pós-perda no campo adversário e fizeram valer a maior qualidade técnica.
A vitória com autoridade, construída num modelo de jogo mais parecido com de Jorge Jesus do que com o de Domenèc e Rogério Ceni, resgata a autoestima e reenergiza o time para o duelo na Libertadores.
Fluminense 0 x 1 Grêmio
Era evidente que Luiz Felipe Scolari iria ao Rio em busca de um ponto que o mantivesse invicto no comando da Grêmio enquanto tenta espaço no calendário para dar um mínimo de padrão ao time.
Faltou, então, ao Fluminense mais pegada e uma estratégia eficiente para quebrar o bloco defensivo do visitante. Roger Machado levou a campo uma formação que aceitou o marasmo gremista e acabou castigado com a marcação do pênalti infantil que decretou a derrota, em casa.
Vasco 1 x 1 Náutico
Um ponto importante, pelas circunstâncias do jogo, ainda que tenha escapado outra chance de entrar no G-4. O líder da Série B tem um time mais bem ensaiado e quase amarrou o Vasco no campo de defesa.
Com as alterações, Marcelo Cabo apertou a saída de bola adversária, a posse subiu de 45% para 65% e o time achou o empate. Repito: para um trabalho ainda em construção foi importante não ter perdido.
Brusque 2 x 1 Botafogo
O time que venceu um único jogo nas oito últimas rodadas mostra limitações também nas partes física e mental.
O que talvez explique o fato de 13 dos 15 gols sofridos nestes jogos terem saído no segundo tempo. O Botafogo parecia seguro da vitória até o gol de empate, a 15 minutos do final.
A partir daí acentuou-se o abalo na autoconfiança dos jogadores, já afetada com a saída de Marcelo Chamusca.