Minhas impressões...
As derrotas do Vasco para Portuguesa/RJ e Volta Redonda nas duas primeiras rodadas acabaram como divisor de águas para a definição dos quatro semifinalistas do Campeonato Carioca. Como esperado, Botafogo e Vasco ficarão fora da festa.
Sem dinheiro, os dois clubes se perderam na remontagem de suas estruturas e ainda têm dificuldades para exibir competitividade com regularidade. Ainda há muito a ser feito e é justo que os dois pequenos disputem com a dupla Fla-Flu o direito de disputar o título do Carioca...
Boavista 2 x 2 Vasco
Marcelo Cabo perdeu o meia Marquinhos Gabriel no aquecimento, escolheu mal o substituto e perdeu o primeiro tempo por 2 a 1. Trazido de Portugal no ano passado para ser o volante substituto de Guarín, Carlinhos formou ao lado de Andrei e Galarza o meio de campo e o Vasco perdeu em criação.
No segundo tempo, com Figueiredo na vaga de Galarza, Cabo recuperou o ímpeto ofensivo. Mas não teve lucidez na imposição, justo o que se espera do titular vetado minutos antes. Como pré-temporada, o torneio tem sido bem aproveitado.
Fluminense 1 x 0 Botafogo
A vitória tricolor impressionou mais pela fragilidade ofensiva do time alvinegro. Sem um meia capaz de projetar as ações de ataque, o Botafogo teve dificuldades para reter a bola e atacar o adversário.
Passou a maior parte do tempo correndo para fechar espaços e o fez até com relativa eficiência. Foi, no entanto, inofensivo em termos ofensivos. Estava sem Pedro Castro e Matheus Frizzo, médios que podem fazer o papel – mas será o bastante?
Somada à saída de Matheus Babi, negociado ao Athletico/PR, a falta de um meia expõe a mediocridade alvinegra. Num confronto com um adversário relativamente bem organizado, como o Flu, a ausência compromete o todo.
De tanto ter a bola e criar volume, os tricolores chegaram ao gol de Nino. Venceram sem muito brilho, é verdade. Mas garantiram a classificação. Roger Machado ainda tem testes a fazer visando à Libertadores e os jogos da fase final oferecem a chance de testar o time com os novos contratados.
Portuguesa 2 x 2 Flamengo
Em tese, mesmo com o time quase todo de reservas, a obrigação da vitória era dos rubro-negros. Mas a atuação inconsistente no primeiro tempo pôs Rogério Ceni em situação de vulnerabilidade. E isso é o que mais me chama atenção. Porque a cada jogo que o Flamengo não vencer, seja lá qual for a formação ou o adversário, hão de surgir cobranças.
Acho que Ceni já percebe o quanto será difícil manter-se no cargo. O Brasileirão que conquistou há pouco não garante a imunidade por mais de 3 meses. Em clube nenhum. Quiçá no Flamengo...