Médicos fazem alerta para ônibus lotados
Mesmo com as recomendações passadas pelo governo do Estado e por médicos, que orientam que as pessoas só saiam de suas casas mediante extrema necessidade, devido à pandemia da Covid-19, o que se viu na tarde de ontem, na Grande Vitória, foram ônibus lotados em horário de pico.
Para médicos especialistas que conversaram com a reportagem de A Tribuna, as medidas adotadas pelas empresas de transportes públicos, que intensificaram a limpeza dos veículos diariamente, não são suficientes para evitar a disseminação do vírus, uma vez que a atitude de quem utiliza o serviço também conta bastante.
“Não adianta quem está gripado e usando uma máscara, por exemplo, passar as mãos no nariz ou boca e depois tocar nas poltronas e nos ferros dos ônibus, porque, se outra pessoa encostar a mão ali e colocar sobre a boca, estará infectado”, informou o clínico geral João Evangelista.
Ele explica que o ambiente do transporte público é propício para a proliferação de vírus como o da Covid-19, devido à aglomeração de pessoas e ao pouco espaço para se distanciar de quem apresenta os sintomas.
“O padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de ficar a um metro e meio de distância da pessoa que está com os sintomas. Porém, em um Transcol, é muito difícil de se conseguir isso. Por essa razão, a proximidade entre uma pessoa e outra favorece a disseminação do vírus”, explicou.
Para a infectologista Rúbia Miossi, o ideal seria não utilizar os veículos, principalmente quando eles estiverem lotados. Entretanto, como muitas pessoas precisam utilizar o serviço para irem para o trabalho, por exemplo, a médica fez algumas orientações.
“O uso do álcool a 70% ajuda a reduzir a consequência do contato. Manter as janelas abertas ajuda na não disseminação do vírus. Porém quem está com os sintomas precisa ter consciência que não deveria estar naquele ambiente”.
Prevenção
Com a imunidade baixa devido a problemas respiratórios, a pedagoga Raquel Dias Pereira, 23 anos, e sua mãe, Jucineia Dias Pereira, 51, não saem mais de casa sem dois objetos: máscara e álcool em gel. “Não quero ser contaminada”, disse a pedagoga.
"Sempre vejo gente gripada nos ônibus e tenho medo de pegar a doença porque tenho uma filha de 3 anos para criar”, Larissa Santana, 26 anos, vendedora.
"Uso a máscara no Transcol, pois é um ambiente onde tem muita gente respirando o mesmo ar. Não quero morrer disso”, Bárbara da Costa, 34 anos, vendedora.
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