Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Tribuna Livre

Tribuna Livre

Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Médicos estrangeiros podem ajudar no combate à pandemia

| 26/05/2020, 06:46 06:46 h | Atualizado em 26/05/2020, 06:50

Milhares de médicos formados no exterior aguardam há três anos pelo exame que habilita para o exercício da profissão. O Revalida, exame de revalidação de diplomas de Medicina, aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) e fruto da parceria entre ministérios de Educação e da Saúde é realizado em duas etapas, teórica e prática.
A prova tem como objetivo avaliar se médicos brasileiros e estrangeiros formados em universidades de outros países encontram-se preparados para exercer a profissão no Brasil.


A estrutura da prova abrange cinco áreas da Medicina: Clínica Médica, Cirurgia Geral, Pediatria, Ginecobstetrícia e Medicina Familiar e da Comunidade.

Além do conhecimento teórico testa habilidades como investigação clínica, realização de exame físico, interpretação de exames complementares, entre outras.

Portanto, o anúncio recente do ministro da Educação Abraham Weintraub, de que o exame teórico será realizado no dia 11 de outubro de 2020 é uma informação relevante e muito esperada.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), aproximadamente 15 mil médicos aguardam por esse momento. Já foram realizadas sete edições e 24.327 inscrições, com maioria de participantes de nacionalidade brasileira.

Mais importante se faz o anúncio para a população: pois, se em algum momento foi cogitada a convocação de fisioterapeutas, educadores físicos e estudantes de medicina do internato para fortalecer as ações de combate a Covid-19, melhor ainda, permitir que médicos formados no exterior, dispostos a trabalhar e que só precisam de uma chance, tenham oportunidade de auxiliar governo e população na pandemia.

Com a divulgação pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de que a América do Sul é o novo epicentro da Covid-19 e de que o Brasil é o país mais afetado, corremos o risco de ter um “apagão” com a falta de profissionais.


Segundo o estudo de Demografia Médica de 2018, do Conselho Federal de Medicina (CFM), enquanto a média das nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 3,3 médicos por mil habitantes, no Brasil essa taxa é de 2,1 e cai para menos de 1 em alguns Estados do Norte e Nordeste.

Outra boa notícia é que existe a expectativa do exame ter duas edições por ano. O MEC anunciou que a realização continuaria em duas etapas, mas com a diferença de que o aluno reprovado na segunda fase pode refazê-la por mais duas vezes em edições consecutivas.

Até então, o candidato precisava realizar todo o processo desde o início. A decisão, se confirmada, será um importante passo na desburocratização do processo e num maior contingente de médicos.

Como médico brasileiro naturalizado e que teve o diploma revalidado em 2010 após aprovação na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), assumi a missão de utilizar a minha experiência para orientar e conduzir meus colegas para que eles não enfrentem os mesmos problemas que enfrentei. Assim, meu compromisso é que 100% dos bons médicos formados em outros países possam usar seu direito de exercer a profissão no Brasil.

José Vitelio é cardiologista, de Cuba, e naturalizado brasileiro.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: