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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

Mal-acabado...

| 09/05/2021, 11:06 11:06 h | Atualizado em 09/05/2021, 11:07

Chegou realmente a níveis insustentáveis a relação entre a parte que representa o promissor Miguel com a diretoria do Fluminense. E é uma história boa de contar porque repete um enredo já conhecido: um menino bom de bola, um pai ávido por ver a família financeiramente realizada e agentes tentando não perder a oportunidade de transformar a promessa em realidade.

O meia de 18 anos, no clube desde os 10, treina entre os profissionais desde os 16. Mas até hoje não conseguiu se firmar.
Fernando Diniz, Osvaldo Oliveira, Odair Hellmann, Marcão, Roger Machado... todos tentaram antecipar a trajetória dele, mas sem o êxito esperado. Outros da mesma geração entraram e foram para o exterior, mas o meia se perdeu na rota do crescimento.

Muito bom jogador, com habilidade e visão de jogo, Miguel sofre por ter sido promovido prematuramente, e não por necessidade.
Segundo consta, a ascensão do sub-17 aos profissionais, sem a passagem pelo sub-20, foi condição do pai, José Roberto Lopes, para que o filho se profissionalizasse pelo Fluminense. Um passo que, evidentemente, impactou no desenvolvimento.

Processo de formação
O processo de formação exige experiência dos níveis de exigência física, técnica e mental das respectivas categorias de base. No sub-16, que não disputa competições nacionais, a cobrança é diferente da do sub-17, que já tem Copa do Brasil e Brasileiro.
Categorias que refinam o talento para que ele possa encarar o estresse do sub-20, último estágio do funil.

É comum ver jovens jogadores sucumbirem no último ano da formação, reaparecendo com certo destaque em outro clube, anos mais tarde, já com 22 ou 23 anos. Porque não é fácil manter o nível de excelência técnica e competitiva na transição.
E vem daí o “sobe e desce” dos mais promissores, na expectativa de tornar essa passagem o mais natural possível.

E justamente por respeitar a necessidade de um tempo maior para os que não encontram o ambiente mais propício quando chegam aos profissionais, alguns clubes criaram o sub-23.
Mas do curso natural não se deve fugir. Basta ver o que está sendo feito com Kayky, Kenedy, João Neto, Arthur...

Nos profissionais, Miguel não ofereceu intensidade, ficou fora por contusão e, por ora, é mais um no elenco. Mas ainda é só um menino. Espero que a tentativa de antecipação na formação não faça do garoto um produto mal-acabado...

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